sexta-feira, março 18, 2016

'Perfume de pitanga' contra Aedes é tema de projeto em feira na USP

Danielle e Isabelle Matos, 17, que desenvolveram repelente à base de pitanga (Foto: Laura Lewer/G1)As gêmeas de Campo Grande (MS) Danielle e Isabelle Matos, 17, encontraram dentro de casa a inspiração para um projeto de combate ao Aedes aegypti
apresentado até quinta-feira (17) na 14ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace).
Em 2014, três dos quatro membros da família das irmãs contraíram a dengue. A mãe de Danielle e Isabelle, única a não ser contaminada, usava um perfume comercial à base de pitanga.
"Pensamos que provavelmente a fruta teria alguma ação contra o mosquito, explicou Danielle. "Procuramos um professor que faz doutorado na UFMS e tivemos acesso a equipamentos e aos mosquitos que não têm o vírus", diz.
Na pesquisa, criaram um óleo essencial com a pitanga e o expuseram a 30 fêmeas do mosquito. As irmãs descobriram que os mosquitos eram repelidos pela substância e que as fêmeas que depositaram ovos no óleo tiveram até 62% das larvas eliminadas.
Para a criação, só tiveram que arcar com o custo do solvente. Daqui para frente, a ideia é passar a descoberta para a coorientadora para que a criação de um perfume repelente seja analisada.
Comigo-ninguém-pode
O projeto de Danielle e Isabelle não foi o único a tratar da dengue. Entre os outros estudos sobre o assunto, o "Comigo-ninguém-pode muito menos a dengue!" do estudante paulista Leandro Leomar analisou o efeito de inseticida natural da planta Dieffenbachia picta schott, conhecida pelo nome 'comigo-ninguém-pode'.
O alto nível de toxidade da planta tem capacidade para matar o mosquito transmissor da dengue e suas larvas. Daqui para frente, o estudante pretende descobrir qual substância elimina o mosquito para, assim, produzir e patentear um inseticida.
A feira reúne, entre 15 e 17 de março, 341 projetos de 752 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares de todo o país. Os protótipos foram selecionados entre 2.200 projetos.

Aedes aegypti ampliado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) (Foto: Laura Lewer/G1)Aedes aegypti ampliado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) (Foto: Laura Lewer/G1)

Fonte: G1

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