Campanha na internet estimula a doação de sangue

Uma campanha pedindo a doação de sangue para uma criança acometida pela leucemia mobilizou as redes sociais nessa segunda-feira (4). Através do Facebook e do aplicativo de troca de mensagens Whatsapp, familiares, amigos e

desconhecidos fizeram uma corrente pedindo a doação de sangue para o pequeno Luiz Vinicius, de 10 anos, que está internado no Hospital Infantil Varela Santiago. Em menos de 24 horas, a campanha foi um sucesso e o garoto está com quadro de saúde estável.

De acordo com a mãe de Luiz, a dona de casa Eliane Azevedo, o pequeno teve uma baixa de imunidade na madrugada dessa segunda-feira e precisou receber transfusões de plaquetas. Com o estoque em baixa no Estado, a recomendação médica foi iniciar uma campanha de doações.

“O médico nos disse que nesse período do ano o estoque de sangue é muito baixo. Ele sugeriu que fizemos uma campanha. Muitas pessoas fizeram doações em nome dele e agora ele está bem. Foi um sucesso”, discorreu.

Montanha Russa

De acordo com o diretor de Hemoterapia do Hemocentro Dalton Cunha (Hemonorte), o médico Rodrigo Villar, apesar de não ser o ideal, o estoque de bolsas de sangue do centro é considerado bom para o período de janeiro.

Segundo Rodrigo Villar, doações precisam ser contínuas

Com 770 bolsas de sangue em estoque até o final da manhã desta terça-feira (5), Villar compara o número de doações e a disponibilização de bolsas com uma montanha russa. Há momentos que o número está acima das expectativas e há momentos que o estoque não é suficiente.

“As doações deveriam ser contínuas com pequenas variações, mas na realidade ela parece uma montanha russa, com picos altos e baixos”, exemplifica. O diretor acrescenta ainda que para se ter um estoque ideal, 2% da população deveria fazer doações continuamente.

Ainda de acordo com Rodrigo Villar, campanhas como a realizada em prol de Luiz Vinicius acabam gerando um aumento significativo de doações.

Tempo de espera

Apesar de ter um bom número de bolsas de sangue, o Hemonorte está com o estoque zerado de sangue do tipo O negativo. Outro problema encontrado no Hemocentro é o baixo número de plaquetas.

Hemonorte aguarda liberação de laboratório para distribuir plaquetas (Foto: Hana Dourado)

Enquanto o estoque do tipo O negativo pode ser reposto mais rapidamente, o de plaquetas é mais demorado. As plaquetas têm como principal função ajudar na coagulação. Devido a sua importância, ela tem uma grande demanda, principalmente daqueles que sofrem de doenças no sangue, como o pequeno Luiz Vinicius.

“Por causa de uma lei federal, as plaquetas que temos em estoque precisam passar por um exame em um laboratório específico, fora de Natal, e isso demanda tempo. Apesar de conseguir a doação hoje, elas só estarão liberadas em 48 horas”, explicou Rodrigo Villar.

Apesar do baixo estoque, o diretor do Hemonorte garantiu a disponibilização de plaquetas à população ainda nesta quarta-feira (6). “Nós temos esse material aqui. É apenas questão de liberação do laboratório”, concluiu.

Fonte: Portal Noar