terça-feira, julho 14, 2015

'Sem fuga', diz direção da Cadeia Pública de Natal após concluir revista

Após a descoberta do túnel, Grupo de Escolta Penal entrou no presídio, fez revista nas celas e contagem dos presos (Foto: Grupo de Escolta Penal)Após a realização de uma revista nos pavilhões, a direção do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, ou Cadeia Pública de Natal - como também é conhecida a unidade - confirmou que nenhum
preso fugiu apesar de um túnel de 10 metros ter sido encontrado escavado a partir de uma das celas. A varredura, concluída no início da tarde desta terça-feira (14), foi realizada por agentes penitenciários e teve apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A unidade prisional fica na Zona Norte de Natal.

Durante a revista, agentes encontraram um aparelho de DVD em poder dos detentos (Foto: Divulgação/Sejuc)Durante a revista, agentes encontraram um
aparelho de DVD em poder dos detentos
(Foto: Divulgação/Sejuc)
O túnel, que foi descoberto na madrugada desta terça, foi escavado em uma das celas do Pavilhão B. O buraco daria acesso à área externa do presídio. Este foi o quinto túnel descoberto somente este ano. De acordo com a diretora do presídio, Dinorá Simas, celulares, facas artesanais, um aparelho de DVD e maricas, como são chamados cachimbos artesanais usadas para o consumo de crack, foram encontrados durante a revista.
O Presídio Provisório Raimundo Nonato é um dos 10 presídios do estado que estão interditados parcialmente, ou seja, proibidos pela Justiça de receberem novos detentos. A unidade também é uma das que foram destruídas durante a onda de rebeliões ocorrida em março deste ano no sistema penitenciário e ainda está sem grades nas celas.

Superlotação
Atualmente, a Cadeia Pública de Natal possui um número três vezes maior que a capacidade. Sem grades nas celas, todas arrancadas durante a quebradeira de março, mais de 400 homens perambulam pelas quadras e refeitórios.

Outros 50, por problemas de convivência, permanecem trancafiados. Dezessete deles estão em celas improvisadas, carceragens chamadas de ‘chapa’. Nelas estão presos tachados de ‘amigos da polícia’, ‘rivais’ e ‘caguetas’.

Como não podem se misturar com os demais, não tomam banho de sol. Sem lâmpadas, o isolamento é escuro. E sem ventiladores, o local fica quente.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!