quarta-feira, maio 13, 2015

Crimes violentos têm redução de 10,45% nos primeiros quatro meses no RN

(Foto: Alberto Leandro)Discutir, investigar, analisar dados e criar medidas para diminuir o número de atrocidades envolvendo morte foi a principal pauta da Câmara Temática de
Monitoramento de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), criada em 2015 e composta por integrantes da Secretaria do Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), além de especialistas na área.

A reunião deste mês aconteceu na manhã desta quarta-feira (11), na sede do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), em Natal.

Dentro do encontro, a reunião comemorou a redução de 10,45% dos CVLIs no primeiro quadrimestre de 2015. Desde 2012 este número estava crescendo no Rio Grande do Norte.

Segundo a Coordenação de Informações, Estatísticas e Análises Criminais (Coine) da Sesed, este resultado significa uma queda de 70 crimes neste mesmo período em 2014. Porém, houve um acréscimo na região Central (28,57%) e Agreste (27,22%) do Rio Grande do Norte. Na capital potiguar este resultado chega a ter uma queda de 16,26%. Estas CVLIs inclui homicídios, lesões corporais, latrocínios e dentre outros.

“A redução dessa criminalidade é devido a integração das ações da Polícia Militar e Polícia Civil, principalmente nas áreas estudadas, que denominamos de manchas criminais”, disse Ivenio Hermes, titular da Coine. Essas “manchas criminais”, citadas por Hermes, são locais conhecidos pelas áreas que possuem os maiores números de crimes.

A quantidade de homicídios diminuiu para 5,77%. Em 2014, o número no Rio Grande do Norte era de 503 pessoas e neste ano houve 474 ocorrências. Na capital potiguar, os maiores casos ainda são nos bairros mais periféricos, localizados na zona Norte e Oeste.

Neste ano foram contadas 73 mortes por assassinato na zona Norte, apesar de ter havido uma queda de 13,10% neste mesmo período no ano antecessor.

“Nós constatamos uma grande quantidade de crimes no interior do estado, como Currais Novos, e em Natal nos bairros de Felipe Camarão e Santos Reis. A gente acredita que o fator para este dado são o pouco policiamento naquela região e as drogas”, justificou o coordenador da Coine.

Já as lesões corporais foram dizimadas a quase 70% e o latrocínio em 41,67%. De acordo com dados da Câmara, os casos de bandidos mortos por policiais, entretanto, cresceu em 55%.

O coordenador do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio, afirmou que esta foi a primeira vez que a pesquisa sobre a violência no Rio Grande do Norte foi feita a partir de um único canal e que isto evitaria uma contradição.

Dionísio observou que o resultado foi positivo, porém não satisfatório, e aconselhou o Governo a utilizar recursos do RN Sustentável (programa em parceria com Banco Mundial) e “Brasil Mais Seguro” para criação de programas sociais.

“A redução ainda é muito tímida e o índice de violência ainda é muito alto. A cada 100 mil habitantes no estado, 54 pessoas são vítimas. É preciso rapidamente as políticas da área social começarem a acontecer para ajudar o esforço da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública”, sugeriu.

Por meio da assessoria de imprensa, a secretária de Segurança e Defesa Social, Kalina Leite, disse estar feliz que os números tenham reduzido, porém poderia ter sido melhor se houvesse mais investimento em políticas públicas e não ocorresse uma crise no sistema penitenciário, referindo-se as duas fugas que aconteceram na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

Fonte: Portal Noar

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