terça-feira, março 10, 2015

Mineiro é encontrado morto em Cuba e família aguarda restos mortais

Daniel Uirapuru Guaraci (Foto: Reprodução / Facebook)O mineiro Daniel Uirapuru Guaraci, de 32 anos, foi encontrado morto em Cuba e suas cinzas devem chegar a Belo Horizonte nesta quarta-feira (11). Formado em
linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele deveria ter voltado ao Brasil no dia 25 de fevereiro, mas não chegou e nem sua passagem foi cancelada, segundo um amigo.
A causa da morte ainda é um mistério. Segundo o amigo de Daniel, que preferiu não se identificar, o último contato do linguista foi em 18 de fevereiro, por uma rede social.
No dia 25, ele não desembarcou no Brasil. No dia 27, a mãe dele deixou um recado no Facebook perguntando por ele, mas não teve resposta.
No dia 3 de março, o Itamaraty e a  Embaixada do Brasil em Havana foram informados da morte de Daniel pelo Instituto de Medicina Legal de Cuba.
Ainda de acordo com o Itamaraty, um familiar viajou a Cuba para, com auxílio da Embaixada, tratar da liberação e traslado dos restos mortais ao Brasil.
Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte nem sobre o andamento das investigações em Cuba.
Homenagens
No perfil do jovem no Facebook, amigos lamentam a morte e fazem homenagens. Alguns falam sobre saudade e outros pedem que a justiça seja feita.
O amigo de Daniel que conversou com o G1 disse que o nome dele significa pássaro (Uirapuru) e sol (Guaraci), em tupi guarani. Ele "era tudo", disse o amigo, afirmando que Daniel tinha diversas atividades, como técnico em computação e iluminação, promotor cultural, tradutor, escritor, poeta, artista, linguista e empreendedor.
Segundo o amigo, recentemente, Daniel havia compartilhado o sonho de abrir alguns negócios em Cuba, com o fim do embargo econômico ao país determinado pelos Estados Unidos – o que ocorreu em dezembro de 2013.
O linguista estava se preparando para abrir uma pousada em Baracoa, cidade pela qual se apaixonou em uma viagem em 2014, e também um centro cultural Brasil-Cuba, para promover o intercâmbio cultural entre os países, disse o amigo.
"Ele era impressionante. Um cara que sabia de tudo. Sabia grego clássico. O mundo fica um pouco mais vazio. É uma perda irreparável", resumiu.

Fonte: G1

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