sexta-feira, janeiro 23, 2015

Verdura ficará mais cara com menos água para irrigação, diz agricultor

Produtor rural em sítio em Mogi das Cruzes, na Grande SPO produtor Mário Tanaka, 41, afirma que a falta de água para a irrigação certamente fará o preço de verduras e legumes subir para o
consumidor.

Tanaka planta alface, rúcula, vagem, pimentão e tomate em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) e é fornecedor de famosos restaurantes e de supermercados da capital.

Hoje, diz ele, 200 g de verdura higienizada custam R$ 2,80. "Mas, se faltar água mesmo, pode chegar a bem mais que o dobro."

Em seu sítio, Tanaka utiliza água do Alto Tietê que, segundo ele, está com um volume bem mais baixo nos últimos meses.

"Em janeiro agora, era para estar com bem mais água que isso", diz. "Os últimos meses foram bem mais secos."

A solução para a falta de água, segundo o produtor, será diminuir a área de plantio ou investir em um sistema de reserva da água da chuva –o que aumentará o preço.

Ele explica que um agravante é o forte calor, que exige mais água para as plantas. "É como a gente, ser humano. [No calor] A planta também precisa de mais água."

O estrago, afirma Tanaka, só não será maior porque há anos ele vem desenvolvendo sistemas alternativos para diminuir o custo com a água.

"Instalei o sistema de gotejamento, que irriga só a raiz da água, e nebulizadores, que irrigam com vapor", explica.

'SANGUE'

Além dessas inovações, Tanaka construiu dois poços e investiu na hidroponia, técnica de cultivo em água, sem o uso de terra.

"Na hidroponia, a mesma água irriga várias vezes a mesma planta e outras. É um sistema fechado em que a planta tem contato apenas com a água que precisa", explica Fernando Seike, 35, gerente de produção.

"Mas não tem jeito", diz ele. "A água é o sangue de toda a plantação. Se faltar, acaba com tudo." 

Fonte: Folha de São Paulo

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