quinta-feira, dezembro 18, 2014

Sequestrador abriu fogo em Sydney depois que reféns tentaram fugir

Premiê revela que sequestrador de Sydney tinha porte de armasO sequestrador da cafeteria de Sydney dividiu os reféns em grupos e abriu fogo quando vários deles tentaram fugir do local, o que levou à intervenção da polícia, informou
nesta quinta-feira (18) a imprensa australiana.
O pai de um dos reféns relatou que a tensão no local aumentou quando o sequestrador, o autoproclamado clérigo de origem iraniana, Man Haron Monis, começou a dividir os 17 reféns em grupos.
Bruce Herat, disse que isso motivou seu filho Joel, de 21 anos, e a outros cinco reféns a derrubar uma das portas internas para que conseguissem fugir, fazendo com que Monis disparasse sua primeira rajada, de acordo com o jornal "Sydney Morning Herald".

A polícia reagiu entrando no local e pondo fim ao sequestro, que resultou na morte do gerente do estabelecimento, Tori Johnson, e da advogada Katrina Dawson, assim como do sequestrador. Johnson morreu com um disparo na cabeça, segundo o relato de fontes não identificadas à emissora de televisão "Channel 9", mas as análises dos legistas ainda não foram concluídas.
O incidente reabriu o debate sobre o controle de armas na Austrália. A legislação foi endurecida pelo governo do conservador John Howard depois que um homem armado e perturbado matou 35 pessoas em Porth Arthur, na ilha de Tasmânia, em 1996.
O senador do Partido Liberal-Democrata, David Leyonhjelm, disse que a Austrália é uma 'nação de vítimas' porque os cidadãos não podem utilizar armas para se defender e considerou que um episódio com o ocorrido em Sydney 'seria improvável na Flórida ou no Texas (nos EUA)'.
Leyonhjelm garantiu que as leis sobre o controle de armas 'não fizeram nada para prevenir que esta pessoa (Monis) cometesse atos diabólicos em nome do islamismo, nem impediram que ele tivesse acesso a uma arma', em entrevista à emissora "ABC".
O senador do Partido Verde, Adam Bandt, por sua vez, argumentou que defender que a Austrália seria mais segura se houvesse maior acesso às armas, como acontece em partes dos Estados Unidos, 'ultrapassa os limites', e opinou que Howard agiu corretamente ao endurecer as leis.
Segundo Bandt, a questão não será resolvida com um maior acesso às armas, mas que o importante é saber 'como alguém com problemas mentais, que foi acusado de ser cúmplice de um assassinato, conseguiu obter permissão para portar armas'.

Fonte: G1

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