terça-feira, outubro 21, 2014

Prefeitura premia com R$ 21 mil exposição com apologia ao homossexualismo

1962879_656826031082283_9083705404946059894_nUma curiosa exposição que aconteceu em Natal deve ter passado despercebida entre a população. No período de 21 agosto a 21 de setembro, a Fundação
Cultural Capitania das Artes (Funcarte) abriu espaço para um dos desdobramentos do 15º Salão de Artes Visuais de Natal, ocorrido em 2013, colocando em cartaz a exposição premiada “Elefante”, de autoria do artista visual Marcelo Gandhi, potiguar radicado em São Paulo.

Descrevendo o contexto que existe por trás da exposição, o texto curatorial, assinado por Sofia Porto Bauchwitz, explica que Elefante “é um espaço criado para a memória, um lugar para se conectar às memórias do outro e reconhecê-las em nós mesmos. Um espaço de crítica e autocrítica”.

O que parece ser abstrato na descrição da exposição, na verdade pode ser interpretado como um ato de apologia ao homossexualismo. Apesar do evento já ter sido encerrado, no ambiente reservado para a exposição ainda constam duas paredes decoradas que fazem menção à exibição artística do potiguar. Uma com a frase “homossexualismo é progresso” e outra com inúmeras frases de cunho sexual, as quais narram memórias vividas ou imaginadas pelo artista.

Marcelo e Sofia foram premiados no 15º Salão de Artes Visuais de Natal no ano passado, ela na categoria texto teórico, e ele com seu trabalho selecionado para a mostra coletiva do Salão, que reuniu 15 artistas de sete estados, mais um prêmio extra para realizar “Elefante”.

Segundo informações de Flávio Freitas, coordenador do Departamento de Artes Integradas da Funcarte, Marcelo Gandhi recebeu R$ 6 mil reais pela participação no Salão de Artes Visuais e mais R$ 15 mil pela premiação da exposição.



Funcarte explica: premiação não se deu com tema definido

Questionado pelo O JORNAL DE HOJE sobre cenário polêmico tratado pelo artista, Flávio Freitas confirmou que “a exposição Elefante faz apologia ao homossexualismo. Entretanto, neste caso específico, a Funcarte não premiou a exposição com tema definido.

Flávio explica que a premiação a Marcelo Gandhi “trata-se do prêmio pesquisa, em que o júri de seleção composto por três convidados (artista Jota Medeiros, curador Bitú Cassundé e curadora Sânzia Pinheiro) escolhe um dos 15 selecionados para o Salão de Artes Visuais da cidade do Natal – neste caso foi o xv salão-2013 – para que o artista realize uma exposição sua, com liberdade, observados os limites da lei. Pelo tema tivemos que limitar a faixa etária para visitação a esta exposição”, explicou.

Ainda em resposta a O JORNAL DE HOJE, através de contato feito por e-mail, Flávio Freitas diz não concordar com a apologia ao homossexualismo, “nem pessoalmente e nem como diretor da Funcarte”. “Mas afirmo que progresso de verdade é o artista poder exercitar a liberdade de expressão, dentro da legalidade, mesmo em temas polêmicos”.

O coordenador do Departamento de Artes Integradas da Funcarte explica que o órgão tem que intervir sempre contra expressões artísticas ilegais, inclusive contra a homofobia.

“Quanto ao artista Marcelo Gandhi, quero acrescentar que ele é hoje o artista potiguar de maior destaque nacional de sua geração. Formado em artes visuais na UFRN, foi o primeiro artista potiguar  a ser selecionado pelo rumos visuais da fundação Itaú Cultural, o maior e mais importante programa nacional de reconhecimento de talentos. Hoje mora em São Paulo, é representado por galerias em São Paulo e Salvador, e participa de festivais internacionais de arte”, afirmou.

Critério para premiações

A Fundação Capitania das Artes se baseia em dois critérios principais que norteiam as seleções de Artes Visuais na Funcarte, seja para exposições, prêmios e aquisições. O primeiro critério – e mais importante – é a qualidade artística /poética: item que contempla as qualidades da expressão de artes visuais no país e no mundo no tempo em que vivemos.

Conforme explicação do coordenador Flávio Freitas, esse critério leva em conta os conceitos, as mensagens, as reflexões, os temas tratados – novos ou atemporais – e sua significância, como, por exemplo, a violência, alta tecnologia, vida e morte, sexualidade, discriminação às minorias.

O segundo critério é o currículo artístico. Neste item observa-se o caminho percorrido pelo artista e pelo trabalho, mostrando se a obra em questão é obra isolada ou está conectada com a construção mais estruturada no fazer artístico com método. O currículo dá subsídios para prever a maior ou menor possibilidade de continuação e aprofundamento da produção artística do avaliado.

Fonte: Portal JH

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