sexta-feira, setembro 12, 2014

Presidente Dilma acusa candidata Marina de ser leviana e inconsequente

Dilma Rousseff (PT) concede entrevista coletiva no Palácio Alvorada, em Brasília. Foto: DivulgaçãoA presidente Dilma Rousseff rebateu nesta quinta-feira (11) as críticas feitas por sua adversária Marina Silva dizendo que Marina
age por “conveniências pessoais” e não honra sua “trajetória política”. De acordo com Dilma, Marina se mostrou “extremamente leviana e inconsequente” ao falar dizer que as pessoas não confiam em um partido que colocou um diretor na Petrobras para “assaltar os cofres” da empresa.

As considerações de Marina foram feitas na sabatina realizada nesta quinta pelo jornal O Globo. Marina referiu-se ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, suspeito de operar um esquema de desvio de recursos e pagamento de propina com dinheiro da estatal.

Em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, Dilma reagiu: “Eu considero que a candidata Marina tem de parar de usar as suas conveniências pessoais para fazer declarações. Por que conveniências pessoais? Porque a candidata ficou 27 anos no PT, todos os seus mandatos obteve graças ao PT, e, terceiro, dos 12 anos aos quais ela se refere, 8 ela esteve no governo ou na bancada no Senado”, disse Dilma.

“Eu acredito que não é possível as pessoas terem posições que não honrem sua trajetória política e tentam se esconder atrás de falas. Eu acho que não medem o sentido dos seus próprios atos durante a vida. A militância do PT e a história do PT foram fundamentais para a candidata chegar aonde chegou”, atacou a presidente. “Uma frase desta mostra uma posição extremamente leviana e inconsequente. Lamento uma fala desse tipo”, completou Dilma, subindo o tom das críticas contra Marina.

Dilma permaneceu na estratégia de apontar Marina como uma pessoa que volta atrás nas decisões por não aguentar pressões e lembrou o recuo de sua adversária em relação a criminalização da homofobia, após reclamação pelo Twitter do pastor Silas Malafaia.

“Um presidente não pode ser leviano ao temer qualquer twitter que se faça. Ele tem que resistir a pressão de manchetes negativas e lembrou o clima de pessimismo que antecedeu à Copa do Mundo. “Diziam que não ia ter Copa e nós resistimos a isso” disse Dilma

A presidente também criticou a coordenadora do programa de Marina Silva, Maria Alice Setubal. Segundo Dilma, Neca, como é conhecida a herdeira do Banco Itaú, age agora como banqueira e não como educadora que já foi doadora de campanha de petistas como Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo e Paulo Teixeira, candidato à reeleição como deputado federal.

“Ela agora está se comportando como banqueira. A Neca educadora é educadora. Agora, na medida em que eu sou herdeira do Banco Itaú e defendo a política que beneficia claramente os bancos, que é a política de independência do Banco Central, de diminuir o papel dos bancos públicos, estou fazendo papel de banqueira. Não dá para vestir as duas roupas. Uma é de verdade e a outra é fantasia”, disse.

Empregos

A presidente considerou ainda que, diante da “crise de emprego no mundo”, os dados sobre geração de emprego no Brasil, divulgados nesta quinta-feira refletem grande “capacidade de resistência da economia” brasileira. De acordo com a presidente, o fato de que os postos de trabalho vêm aumentando no país a deixa otimista em relação aos próximos meses. “É um dos indícios de que nós não teremos um terceiro trimestre como foi um segundo”, disse a presidente.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que o Brasil abriu 101.425 vagas com carteira assinada no mês passado, o pior desempenho para o mês de agosto, desde 2012.

O desempenho foi, no entanto, melhor que o registrado no mês de julho, quando foram abertos 11.796 postos, quando a taxa de emprego acabou afetada com o final da Copa do Mundo.

Os setores que desempregaram em agosto foram a indústria e a agricultura. No caso da agricultura, a presidente acredita ter motivo sazonal. Já a indústria, Dilma atribui a queda à crise internacional.

“A queda do ritmo do comércio internacional da crise decorrente da crise evidencia um problema que ocorre de forma mais profunda nos países desenvolvidos que são mercados prioritários das indústrias. As indústrias do mundo inteiro têm um problema de mercado. Essa redução de atividade da indústria não é um fenômeno brasileiro, se dá em vários países do mundo”, justificou a presidente.

A presidente comparou a situação brasileira com um relatório feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), que apontou o fechamento de 100 milhões de vagas nas 20 economias mais prósperas do mundo, ou seja, dos países do G20.

Fonte: IG

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