sexta-feira, maio 23, 2014

Duas pessoas vão a julgamento por morte de dentista em São José, SP

Morre dentista queimado em São José dos Campos (SP) (Foto: Reprodução Globo News)Dois homens, identificados pela polícia como participantes do crime que matou o dentista Alexandre Gaddy, queimado em maio de 2013, vão a julgamento na próxima
segunda-feira (26) em São José dos Campos (SP). O crime teria contado ainda com a participação de três adolescentes.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que cinco pessoas vão a julgamento. Os adolescentes foram liberados porque o juiz entendeu que não havia provas suficientes. O erro foi corrigido às 15h58)
O crime aconteceu no consultório do dentista, na época com 41 anos, na Vila Tatetuba, zona leste de São José dos Campos. O caso foi dividido em dois processos - em um deles, o juiz reconheceu que não havia provas suficientes para manter detidos os adolescentes, em primeira instância, porque a principal testemunha voltou atrás na acusação e disse que havia mentido durante o depoimento para a polícia. O Ministério Público recorreu da sentença.
A testemunha é uma adolescente que disse à policia ter participado da ação. No depoimento, ela contou que estava na casa de um dos acusados quando ele disse que havia organizado um roubo em um consultório de um dentista. A adolescente disse que não entrou no consultório, mas que depois ficou sabendo de detalhes da ação.

Segundo ela, três pessoas amarraram o dentista e jogaram álcool nele para intimidá-lo a entregar dinheiro, mas que um deles acendeu um cigarro e, sem querer, colocou fogo na vítima. Em seguida, os criminosos ficaram nervosos e saíram correndo. Ela disse ainda que houve uma discussão entre os envolvidos durante a fuga do local.
Mentira
Ela voltou atrás na acusação durante o julgamento e disse que havia mentido durante o depoimento para a polícia. "Ela não confirmou a versão, mas existem provas no processo que comprovam que eles são os culpados. O Ministério Público recorreu da sentença, mas nós temos certeza que eles serão condenados, tanto os menores, quanto os maiores”, disse o delegado João Barbosa.
A família do dentista ainda sente a dor da perda. Eliane Peçanha, mãe da vítima disse que chora todos os dias pelo filho. "Puseram tanto fogo nele que ele teria que amputar a mão, amputar a perna, porque não ia ter solução pro caso dele", afimou.
A família de Alexandre Gaddy contesta a versão da polícia de que os bandidos tentaram roubar Alexandre. “Não temos nenhuma noticia de nada que foi roubado no consultório. Os computadores estão todos comigo, as secretárias entraram com a gente pra fazer a listagem e estava tudo lá, inclusive a carteira com o dinheiro”, disse a irmã da vítima.
Outro lado
Rosana Conceição Bernardo, mãe de um acusado que vai a julgamento na próxima semana, nega a participação do filho e diz que ele estava em uma lan house no momento do crime. “Está no servidor, ele chegou na lan house às 9h01, quando entrou no cadastro. Ele fechou o cadastro 9h27 e foi pra casa dormir. Por isso nós temos certeza que não foi ele”, afirmou.
Segundo policiais militares, enquanto ainda estava consciente, Alexandre disse que bandidos invadiram o local e atearam fogo nele. Essas foram as últimas palavras do dentista, que morreu uma semana depois. O Ministério Público informou que não vai se pronunciar sobre o caso porque ele está em segredo de Justiça.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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