sábado, março 08, 2014

Ucrânia denuncia ataque de russos contra posto de fronteira na Crimeia

 Blog Cidade News ItaúO Serviço de Guarda das Fronteiras da Ucrânia (SGU) denunciou que tropas russas atacaram durante a madrugada deste sábado (8) um de
seus postos de vigilância na república autônoma da Crimeia e expulsaram os guardas e a suas famílias.
"Forças russas atacaram um destacamento de fronteiras nesta madrugada. Os invasores agrediram o chefe de guarda, que tentou resistir, e tomaram o arsenal", denunciou o SGU em comunicado.
Segundo os guardas ucranianos, "os agressores invadiram os alojamentos em que vivem com suas famílias, tomaram os celulares do chefe do destacamento, de sua esposa e de outros oficiais".
"Ameaçaram com armas, obrigaram todo o mundo a recolher seus pertences e a deixar o destacamento", diz a nota do SGU.
Por sua vez, o jornalista Osman Pashaev denunciou em seu perfil do Facebook que alguns civis tomaram a sede da televisão estatal da Crimeia e não permitem a entrada dos funcionários no edifício.
"A Televisão Estatal da Crimeia foi tomada por criminosos. Tenho um crachá de funcionário, expedido em 1998, e não me deixam ter acesso ao edifício", escreveu Pashaev.
O jornalista também detalhou que a tomada da sede ocorreu com o consentimento das autoproclamadas autoridades da república autônoma, dos proprietários da companhia, da polícia regional e "dos voluntários de Moscou".
O edifício já tinha sido cercado ontem pelas chamadas "milícias de autodefesa da Crimeia", homens perfeitamente equipados e armados que Kiev identifica como tropas invasoras russas.
O Conselho Superior da Crimeia (Parlamento regional) tomou nesta quinta-feira (6) uma decisão para sua reunificação com a Rússia, da qual fez parte até 1954, e convocou um referendo sobre essa questão para o próximo dia 16 de março.
A Crimeia tem uma população de cerca de 2 milhões de habitantes, dos quais 60% são de origem russa, 26% ucranianos e 12% tártaros, favoráveis a manter a região como parte da Ucrânia.
As novas autoridades de Kiev não reconhecem o governo autônomo, que por sua vez considera ilegítimo o Executivo central e só reconhece como presidente da Ucrânia o deposto Viktor Yanukovich, que está refugiado na Rússia.

Reprodução Cidade News Itaú

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