sábado, março 08, 2014

'É como reviver um pesadelo', diz parente de vítima do voo AF 447

af 447 (Foto: Marinha/Divulgação)O desaparecimento do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que levava 239 pessoas a bordo, no sudeste da Ásia, gerou comoção dos parentes das vítimas do voo 447 da Air
France no Brasil. Em 31 de maio de 2009, a queda no oceano Atlântico matou 228 pessoas, depois de a aeronave partir do Rio de Janeiro com destino a Paris.
"É como reviver um pesadelo. As circunstâncias dos dois voos foram muito parecidas. Ficamos na expectativa de que sejam achados sobreviventes e que confortem as famílias", disse Maarten Van Sluys, de 52 anos, fundador da Associação Brasileira dos Familiares das Vítimas do Voo AF 447.
A irmã de Sluys, de 40 anos na época, estava entre os passageiros do voo da companhia francesa. "Ela iria para a Coreia do Sul, a trabalho, com escala em Paris. Todos na família estão comovidos, pois ela faria aniversário ontem", explica Sluys, que é consultor hoteleiro.

Neste sábado (8), a associação distribuiu comunicado pelo ocorrido na Ásia. "Luto e respeito aos familiares das vítimas do voo da Malaysian Airlines que caiu no mar próximo a costa vietnamita. Uma rigorosa investigação deverá apurar as reais causas da tragédia. Minha solidariedade a todos aqueles que perderam entes queridos em mais esta trágica página da aviação civil."
De acordo com Sluys, os membros da associação do voo 447 estão se manifestando em redes sociais, prestando solidariedade aos familiares dos passageiros do avião da Malaysia Airlines e relembrando a tragédia ocorrida com a Air France.

mapa avião desaparecido malásia - VALE ESTE (Foto: Arte/G1)
Momentos de espera
Para Sluys, o pior momento para os familiares é período de espera. "É muito ruim, aparecem informações contraditórias. No nosso caso surgiram boatos de que haviam sobreviventes, mas depois foram desmentidos, isso é uma tortura para os parentes", afirmou o consultor.
"Esperamos quase três dias para ter a informação das mortes", explica Sluys. Segundo o fundador da associação de familiares, quando as notícias das mortes foram oficializadas, a reação dos parentes foram diversas.
"Alguns ficaram desesperados e outros não queriam acreditar. Achavam que poderiam ter sobrevivido nadando, chegado a uma ilha ou resgatado por um barco", relembra. No caso do AF 447, o avião só foi encontrado dois anos após o acidente.
Para ele, os familiares já devem reunir esforços para terem interlocutores com a Malaysia Airlines. "O mais importante nessa hora é ser criado um grupo de representatividade dos parentes para negociar com a companhia e falar com a imprensa. O quanto mais rápido agirem, melhor", complementa.
Segundo o fundador do grupo, 90% das famílias dos passageiros do voo 447 foram indenizadas e eles também aguardam a finalização do processo judicial na França.

Reprodução Cidade News Itaú

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