A Justiça mineira informou, nesta terça-feira (17), que o goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samudio, foi punido por ter ameaçado detentos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Agora, ele vai demorar mais tempo para conseguir passar ao regime semiaberto.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), devido à falta considerada de natureza grave, o atleta teve a data para a progressão de regime alterada. Ele foi condenado, em março desde ano, a 22 anos e três meses de prisão
O TJMG explica que, inicialmente, o goleiro teria direito a sair da prisão durante o dia e retornar à noite a partir de 22 de janeiro de 2020. Agora, com a punição, a nova data será 24 de agosto do mesmo ano. Além disso, a Justiça determinou que Bruno perca a contagem de 1/3 dos dias trabalhados para a remissão da pena. Segundo a legislação, a cada três de trabalho, a pena do preso é reduzido em um dia.
Por causa da confusão, o goleiro participou de audiência em agosto deste ano. À época, o advogado Francisco Simim, afirmou Bruno contou que detentos haviam desrespeitado Ingrid Calheiros, sua mulher, com palavras de baixo calão. Conforme o defensor, ele teria admitido apenas ter discutido com outros presos e negado as ameaças.
O caso
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março deste ano, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condendenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.
Reprodução Cidade News Itaú
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