sábado, maio 04, 2013

Piloto de avião agrícola que intoxicou várias pessoas em escola está preso



O piloto do avião agrícola que despejou agrotóxico sob uma escola municipal São José do Pontal, na zona rural de Rio Verde, região sudoeste de Goiás, prestou depoimento sobre o caso e foi preso na tarde desta sexta-feira (3). Ele foi autuado em flagrante por crime ambiental e por desrespeitar as normas do uso de agrotóxico. Além dele, o proprietário da empresa a qual o avião pertence e o responsável técnico também foram detidos.
Segundo funcionários da escola, o piloto estaria realizando um trabalho de combate às pragas de uma lavoura de milho e acabou jogando um inseticida chamado engeo pleno sobre um colégio localizado no Assentamento Pontal dos Buritis, às margens da GO-174.

No momento em que o fato aconteceu, segundo o Corpo de Bombeiros, 122 alunos estavam na escola. Ao todo, 37 pessoas foram intoxicadas, sendo oito adultos. As 29 crianças, com idade entre seis e 14 anos, foram atingidas enquanto brincavam na quadra de esportes.
De acordo com informações preliminares do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nesta manhã, 42 alunos estavam vomitando, sentido tonturas e fortes dores de cabeça, que segundo o órgão, é comum em casos de intoxicação. Desses, 29 ficaram internados.
O assentamento onde está localizada a escola fica a cerca de 130 km de Rio Verde. As crianças foram levadas em um ônibus para hospitais de da cidade e também de Montividiu. O diretor e uma professora da escola que tentaram retirar os alunos da quadra também precisaram ser atendidos.
A Aerotex Aviação Agrícola LTDA responsável pela aplicação de agrotóxicos no local disse que não houve derramamento de veneno sobre a escola. A empresa afirma ainda que está apurando as possíveis causas do acidente.
Desespero
O agricultor Neilton Batista Ferreira conta que a mulher dele viu o momento exato em que tudo aconteceu.
"Minha esposa é professora aqui e ficou desesperada. o avião jogou veneno em cima da escola e os meninos estavam de fora. Tem algumas crianças que estão coçando demais", lembra.

Escola, Rio Verde, Intoxicadas, avião, crianças (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Na porta da escola, pais dos alunos estavam ansiosos à espera de notícias. "A gente tem medo, porque é veneno", disse a dona de casa Maria Aparecida Fátima dos Santos, mãe de uma das crianças atingidas.

Cerca de 300 alunos que moram nas proximidades estudam no colégio atingido pelos agrotóxicos.
Observação
A Secretaria Estadual de Goiás (SES) determinou que todas as pessoas intoxicadas, mesmo as que já receberam alta hospitalar, passem a noite em observação. A prefeitura de Montividiu disponibilizou ônibus para que estes pacientes passem a noite em Rio Verde.
Uma grande estrutura foi montada em uma escola municipal da cidade para auxiliar no atendimento das pessoas intoxicadas. O colégio fica bem próximo ao hospital municipal.
Além disso, uma equipe do Centro de Informação Toxicológico de Goiânia está se deslocando para Rio Verde para ajudar os pacientes.

Reprodução Cidade News Itaú

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