sábado, maio 04, 2013

Idosa tem alimentação injetada na veia em hospital de Osório, RS



Uma idosa teve a alimentação injetada na veia no Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na noite de quinta-feira (2). Segundo a neta, Elsa Erica Linck, de 91 anos, só não morreu porque estava acompanhada do filho, que identificou o erro e conseguiu interromper o fluxo.
Erica estava internada no local há duas semanas. Ela deveria receber a alimentação por uma sonda direto no estômago, mas, supostamente por engano, a técnica de enfermagem responsável pelo atendimento no turno da noite injetou a dieta direto na veia.
“Minha vó começou a suar bastante, ficou agitada, teve dificuldade de respirar. O estado dela é gravíssimo. Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo”, diz a neta, Adriana Pugen Rossi.
A aposentada foi transferida para a UTI do Hospital de Tramandaí. A família registrou ocorrência na polícia e fez uma denúncia contra a funcionária no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Também pretende ingressar com uma ação indenizatória contra o Hospital São Vicente de Paulo.
O delegado de Osório, Antonio Ractz, já abriu inquérito para apurar o caso. Nos próximos dias, ele deve ouvir a técnica de enfermagem.
Segundo a direção do hospital, a profissional, de 26 anos, pediu demissão na manhã de quinta-feira (2) e preferiu não cumprir aviso prévio. Ela trabalhava no São Vicente de Paulo há quatro anos e, conforme o presidente, nunca foi alvo de reclamações dos pacientes.
É a segunda vez que o mesmo erro ocorre na instituição, novamente envolvendo uma técnica de enfermagem. Em novembro do ano passado, um agricultor de 91 anos morreu depois de receber alimentação na veia.
O presidente do hospital, Francisco Moro, garante que não há sobrecarga de trabalho entre os profissionais de enfermagem. Segundo ele, o Coren determina que cada um atenda no máximo oito pacientes. Garante que na instituição cada um trabalha com quatro. Moro diz ainda que todos os procedimentos internos foram revisados depois do episódio em novembro e que todos os funcionários passaram por treinamento.
“Esperamos que isso efetivamente não ocorra mais. Não tenho como dizer. Nós vamos repetir o que já havíamos pedido, enfatizar”, disse o presidente do hospital.
No caso do agricultor, a Polícia Civil já concluiu o inquérito e vai indiciar a técnica de enfermagem por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A equipe médica, que tentou encobrir o caso na época, também será indiciada por omissão da comunicação de crime.
A técnica de enfermagem está com o registro profissional suspenso pelo Coren, mas a cassação depende de uma decisão do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Depois de confirmar o erro em uma sindicância, o hospital afastou a funcionária.

Reprodução Cidade News Itaú

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