segunda-feira, maio 20, 2013

Justiça condena Município por uso irregular de estagiários no RN


A Justiça do Trabalho condenou o Município de Parnamirim a pagar uma indenização de R$ 350 mil pela utilização de estagiários para substituir funcionários em 2007. A condenação por dano moral coletivo é resultado de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN). A Prefeitura de Parnamirim recorreu da decisão por etender que o Município cumpriu tudo o que foi pedido pelo MPT/RN em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
A decisão de condenação por dano moral coletivo foi proferida pelo juiz do Trabalho Luciano Athayde Chaves, da 2ª Vara do Trabalho de Natal/RN.A ação do Ministério Público, assinada pela procuradora do Trabalho Izabel Christina Baptista Queiróz Ramos, revela o uso de estagiários para sanar déficit nos quadros de professores da rede pública de ensino do Município. Em alguns casos, o MPT denuncia que a prática envolvia atividades incompatíveis os cursos universitários dos estudantes.
De acordo com a procuradora Izabel Christina, “a conduta irregular do município causa danos aos estagiários que desempenham funções não contributivas para sua formação profissional, bem como aos servidores municipais e aos indivíduos que almejam a inscrição em futuro certame público”.

Para a Prefeitura de Parnamirim, a condenação não se justifica. "Realizamos o concurso e nossos estagiários foram contratados conforme reza a legislação. Esse é um problema de 2007 que a Prefeitura já solucionou", disse o procurador do Município, Fábio Daniel de Souza Pinheiro, que irá aguardar as contra-razões do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O procurador explicou que uma fiscalização realizada em 2007 constatou a presença de estagiários contratados para sanar o déficit nos quadros de professores. Em 2009, em virtude desta situação o prefeito Maurício Marques assinou um TAC com o Ministério Público Estadual e se comprometeu a realizar um concurso para a contratação de professores para substituir os estagiários.

“Cumprimos tudo isso. Realizamos o concurso. Convocamos mais de mil professores e todos os estagiários existentes hoje em Parnamirim estão em conformidade com o que determina a lei. Mas, o Ministério Público do Trabalho não reconhece esse termo de ajustamento”, justificou o procurador.

Reprodução Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!