sexta-feira, abril 26, 2013

RN recebe autorização para reconstituição de leite em pó


A produção de leite “longa vida” e pasteurizado a partir da reconstituição do leite em pó foi autorizada por três anos no Rio Grande do Norte e demais estados do Nordeste (Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Bahia). A medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 23 de abril.
A reconstituição é a adição de água potável ao leite em pó para torná-lo fluído e com as mesmas características dos produtos já conhecidos pelo consumidor (como o leite UHT, conhecido como “longa vida”). Somente estabelecimentos sob Inspeção Federal nos estados nordestinos estão autorizados temporariamente pelo Mapa a esse tipo de produção, limitada a 35% da capacidade produtiva de cada fábrica.
A medida foi adotada devido à seca que afeta centenas de municípios nordestinos, a escassez de alimentos para os animais reduziu a produção leiteira e levou, até mesmo, à morte do gado na região.
O Governo Federal justifica que a medida deve auxiliar na recuperação dos índices produtivos anteriores ao período da seca.
Entretanto, para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (FAERN), José Álvares Vieira, a medida é prejudicial para a economia potiguar e um desastre para o setor agropecuário. “Esperamos que o Governo do Estado não implante o produto reconstituído no programa do leite”, declarou.
Álvares destacou que essa não é a saída para aumentar a oferta de leite no estado. “O Governo precisa, entre outras coisas, melhorar o preço para incentivar a produção. A Faern é contra o leite reconstituído, até por que ele não tem a mesma qualidade do leite fresco”, ressaltou.
O coordenador regional do programa do leite em Mossoró, Alberto Hudson, disse que ainda não tinha recebido nenhuma informação oficial sobre o uso do leite reconstituído pelo Governo do Estado.
Por lei, as empresas não podem utilizar o processo de reconstituição para produzir leite longa vida ou pasteurizado, apenas em casos emergenciais. “A situação que tem afetado milhões de nordestinos levou o Ministério da Agricultura a agir rapidamente. O objetivo é evitar prejuízos às economias locais e afastar a possibilidade de ocorrerem desabastecimentos para a população”, explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.

Reprodução Cidade News Itaú

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