sexta-feira, abril 26, 2013

Familiares de vítimas da boate Kiss chegam para vigília em Santa Maria



Familiares de vítimas do incêndio na boate Kiss começaram a chegar no início da noite desta sexta-feira (26) para uma vigília na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria. O ato marcará três meses da tragédia, que tirou a vida de 241 pessoas.
Segundo a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), são esperadas mais de 200 pessoas. Às 3h20 deste sábado (27), horário estimado do início do incêndio na casa noturna, será feito um minuto de barulho, com oração e palmas. 
As homenagens em memória das vítimas seguirão durante o dia. Por volta das 8h, o “barulhaço” será repetido. Durante a tarde, está prevista uma panfletagem na praça. Às 18h, uma caminhada deve sair do local em direção à Basílica da Medianeira, onde será celebrada uma missa às 20h.
Conforme o presidente da AVTSM, Adherbal Ferreira, o ato tem a finalidade de unir pais que perderam filhos no incêndio. “Será uma integração para todos. Vamos unir pais que não se conhecem em uma reunião básica de conversa e oração. A associação também está voltada à espiritualidade de cada pai, não só à questão da justiça”, diz ele.

Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 241 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.
O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados
Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas

Reprodução Cidade News Itaú

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