quarta-feira, abril 17, 2013

Coreia do Norte não se opõe a diálogo, mas rejeita negociação "humilhante"


A Coreia do Norte não se opõe ao diálogo para resolver o clima de tensão, desde que os Estados Unidos revertam sua "política hostil e ameaça nuclear", mas descartou retomar "a humilhante mesa de negociação", informou a agência norte-coreana "KCNA".

Em resposta à proposta de retomar as negociações para a desnuclearização norte-coreana, apoiada nesta semana pelos EUA e seus aliados na região, o governo de Pyongyang anunciou que "não se opõe ao diálogo", mas "não tem pensado em sentar à humilhante mesa de negociação", segundo um porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte.

Neste sentido, o secretário de Estado americano, John Kerry, abriu a porta para um diálogo "autêntico e confiável" com Pyongyang para concluir a escalada de tensões na península durante uma viagem asiática finalizada nesta semana por Coreia do Sul, China e Japão.

A estratégia dos EUA é encontrar uma fórmula que permita voltar às negociações para a desnuclearização da península coreana, das quais participam EUA, Rússia, China, Japão e as duas Coreias, um processo que está paralisadado por Pyongyang desde 2008.

"O diálogo deve estar baseado no princípio de respeito à soberania e à igualdade", afirmou o porta-voz norte-coreano em comunicado, o que os analistas sul-coreanos interpretam como um sinal que poderia representar sua intenção de criar condições favoráveis para retomar as negociações.

Para o porta-voz das Relações Exteriores norte-coreano, a oferta de diálogo dos EUA "não é mais que um hábil estratagema para eludir sua culpa na tensão, à beira da guerra, pretendendo se afastar das ações militares e defender o diálogo".

Além disso, o regime norte-coreano criticou a atuação militar dos EUA na região e manteve sua aposta de "aumentar suas contramedidas militares de proteção até que os EUA não cessem suas manobras de guerra nuclear" que, na sua opinião, não descarta que possam acabar "em uma guerra real".

Reprodução Cidade News Itaú

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