segunda-feira, abril 22, 2013

25% dos professores aderem à greve em SP, diz sindicato



Cerca de 25% dos professores da rede estadual de ensino aderiram à paralisação da categoria que teve início nesta segunda-feira (22), segundo o comando de greve Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

A Secretaria de Estado da Educação informou que o movimento não atrapalhou o andamento das aulas: registro de faltas de professores do ensino estadual cresceu apenas 0,7% nesta manhã, diz o governo.
A reportagem do SPTV percorreu sete escolas nas zonas Sul e Norte e a situação era normal na manhã desta segunda-feira. A greve foi decidida em uma assembleia na sexta-feira (19). Segundo a categoria, a paralisação pode afetar 4 milhões de alunos.

A Secretaria orienta os pais a enviarem seus filhos para as escolas. De acordo com a pasta, professores substitutos foram chamados para assegurar a manutenção das aulas.
Segundo o sindicato, tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total.

A categoria reivindica, no entanto, um aumento de 36,74%. Os professores pedem ainda mudanças na política de contratação de novos docentes e a adoção de medidas contra a violência nas escolas.

Uma assembleia realizada na tarde de sexta-feira, na Avenida Paulista, optou pela suspensão das atividades. Os organizadores acreditam ter reunido cerca de 20 mil pessoas. A Polícia, porém, contabilizou 7 mil.
Proposta do estado
De acordo com a Secretaria da Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino gundamental e ensino médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013.

Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.

A Secretaria reiterou que o governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”
Falta de professores
Desde 26 de outubro, o G1 recebeu 480 queixas de falta de professores na Grande São Paulo, incluindo escolas municipais e estaduais. Em entrevista ao SPTV nesta segunda-feira, o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação, Fernando Padula, afirmou que atualmente 864 professores não estão dando aula, o que representa 0,4% do total de aulas que deveriam ser dadas.
Segundo ele, o estado só pode exonerar professores que faltem sem justificar por 30 dias consecutivos ou por 45 dias escalonados. O estado de São Paulo tem cerca de 5.300 escolas e 4,5 milhões de alunos.

Reprodução Cidade News Itaú

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