quarta-feira, março 13, 2013

Buenos Aires tem gritos de 'viva o Papa' e vigília na Catedral


Desde o anúncio, na tarde desta quarta-feira (13),  da escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio como novo Papa, centenas de pessoas estão reunidas dentro e fora da Catedral de Buenos Aires.
A multidão reza, festeja e, de tempos em tempos, ouve-sem gritos de "Viva o Papa!". Muitos estão emocionados com a escolha inédita.

Senhoras comemoram a escolha do papa  argentino na Catedral de Buenos Aires (Foto: Juan Mabromata/AFP)

"Para a Argentina é um momento muito importante ter um Papa porque é um país sofrido e isso vai ajudar a fortalecer o catolicismo na América Latina", diz o professor Ricardo Martinez.

Vigário buenos aires (Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)Para vigário, escolha não foi surpresa
(Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)
José San Martín, vigário da catedral há 4 anos, diz que não foi surpreendido pelo anúncio. "Não é surpresa. Ele sempre esteve entre qualificados para este cargo. Estamos muito felizes", diz ele. Martín ressalta as qualidades  do argentino, que escolheu o nome Francisco I.
"Esse Papa tem profunda atenção aos pobres; não só aos pobres financeiramente mas também os pobres de espírito. Ele não tem medo de nada e é também um grande intelectual", diz.
Outra que afirma não ter ficado surpresa é a dona de casa Maria Constán, de 47 anos. Ela diz que sonhou com escolha e que, desde então, começou uma vigília. "Passei a noite rezando por ele. Sonhei que ele seria escolhido e é uma pessoa muito importante para o povo argentino", afirmou.

Multidão Buenos Aires (Foto: Carlos Augusto Ferrari/Globoesporte.com)

A escolha
O conclave elegeu Jorge Mario Bergoglio, argentino, como novo Papa, Francisco I, sucessor de Bento XVI à frente da Igreja Católica Apostólica Romana.
Ele se torna o 266º Papa da história, o primeiro latino-americano e também o primeiro jesuíta.
Em sua primeira bênção, para uma Praça de São Pedro lotada de fiéis apesar da chuva, o argentino afirmou, em tom de brincadeira, que "parece que seus colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo", em uma referência à sua Argentina natal.
Depois, já em tom mais sério, ele pediu aos cerca de 1,2 bilhão de católicos do mundo para "empreender um caminho de fraternidade, de amor" e de "evangelização".
Falando em italiano e com um leve sotaque, ele também agradeceu ao seu predecessor, o agora Papa Emérito Bento XVI, em um gesto sem precedentes na Igreja moderna: um Papa agradecendo a um sucessor vivo.
Em seguida, ele pediu orações "a todos os homens e mulheres de boa vontade".
"Rezem por mim, e nos veremos em breve", disse, acrescentando que, nesta quinta, pretende rezar para Nossa Senhora.
"Boa noite a todos e bom descanso", finalizou, na varanda da Basílica de São Pedro, sob aplausos da multidão.
O Vaticano informou que a Missa de Inauguração do pontificado vai ocorrer na próxima terça-feira, 19 de março.

Habemus Papam
O nome do escolhido pelos 115 cardeais foi anunciado com o tradicional "Habemus Papam!" ("Temos um Papa!"), pelo mais velho dos cardeais-diáconos, o francês Jean-Louis Tauran, e recebido com aplausos. Também houve festa na Basílica de Buenos Aires, em que 200 fiéis assistiam a missa no momento do anúncio.

A decisão surpreendeu, pois o argentino, citado inicialmente, não aparecia nas últimas listas de favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola.

O novo Papa, um jesuíta de 76 anos, assume com a função de manter a unidade de uma igreja que, nas palavras de seu próprio antecessor, está dividida e imersa em crises.

A fumaça branca apareceu por volta das 19h08 locais (15h08 de Brasília), e foi recebida com festa pela multidão que tomava a Praça de São Pedro. Os sinos da Basílica de São Pedro tocaram.

Reprodução Cidade News Itaú

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