segunda-feira, janeiro 21, 2013

Padrasto é suspeito de morte de bebê por espancamento em MS



A Polícia Civil acredita que o principal suspeito de matar um bebê de um ano espancado, em Campo Grande, é o padrasto da criança, que foi preso na última sexta-feira (18). No inquérito policial, são aproximadamente 100 páginas com depoimentos de testemunhas e laudos periciais que já comprovam que a vítima morreu devido a agressões físicas.

A mãe do bebê também continua presa por suspeita de ter cometido o mesmo crime, mas a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Regina Márcia Rodrigues, acredita que a mulher pode não ter envolvimento nas agressões que resultaram na morte da filha. Segundo a delegada, o depoimento do padrasto é diferente do relato da maioria das testemunhas e ele confirma que estava sozinho quando encontrou o bebê caído no chão.

“Até agora, pelo que tudo indica, a mãe não estava na casa no momento em que ocorreram as agressões. Segundo o padrasto, ela saiu por volta das 15h para comprar leite e retornou meia hora antes do ocorrido. Segundo ele, ela deixou a criança na casa em cima da cama dele e ele ficou com a criança durante todo esse tempo. Meia hora antes dela chegar, ele ouviu um choro e quando ele foi olhar, a criança estava caída no chão. Ele deixou a criança caída, colocou a criança no tapete e saiu para procurar ajuda. Foi quando ele viu ela chegando com o leite que saiu para comprar”, relatou a delegada.

As investigações da Polícia Civil continuam nesta segunda-feira (21) com o depoimento de quatro testemunhas - dois parentes e dois vizinhos. São pessoas que estavam próximas e ajudaram a socorrer a criança. O padrasto será interrogado nesta tarde.

Caso seja necessário, a polícia ainda pode colocar o padrasto e a mãe frente a frente. No dia do crime, o Conselho Tutelar chegou a ser acionado, mas somente quando a criança já estava sob cuidados médicos, de acordo com a conselheira Ana Paula Costa Morilhas.

“Nós estivemos acompanhando toda a situação, no outro dia fomos até a residência, onde constatamos outras crianças com direitos violados também. Aí nós fomos acompanhando a situação, o atendimento médico, mas não teve como aplicar outra medida de proteção porque a criança veio a óbito”, afirmou Ana Paula.

Durante visita na casa onde a criança vivia, os conselheiros encontraram duas netas da suspeita - de nove meses e de dois anos - que, de acordo com o conselho, estavam vivendo em situação precária e por isso, agora estão sob cuidados do Conselho Tutelar.

Reprodução Cidade News Itaú

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