segunda-feira, janeiro 21, 2013

Argélia prende cinco sequestradores de refinaria


Autoridades da Argélia afirmaram neste domingo que o Exército prendeu cinco militantes islâmicos que participaram do sequestro em uma refinaria de gás, no qual ao menos 23 reféns foram mortos.
Pelo menos outros três sequestradores estão foragidos.
O cerco à instalação - localizada no sul do país, em pleno deserto do Saara - durou quatro dias e acabou neste sábado (19), após um ataque das forças argelinas.

Segundo o governo, o número de reféns mortos pode aumentar. Entre os desaparecidos, estão funcionários britânicos, americanos, noruegueses e japoneses.
A imprensa do país afirma que 25 corpos foram encontrados na refinaria, mas ainda não foram identificados. Militares estão vasculhando o complexo, em busca de mais vítimas e ou de explosivos ainda não detonados.
De acordo com o ministro das Comunicações argelino, Mohammed Said, os militantes responsáveis pelo sequestro são de seis nacionalidades diferentes.
O governo da Argélia afirma que os soldados mataram 32 extremistas e as autoridades informaram que o Exército lançou o ataque final depois que os militantes islâmicos começaram a matar os reféns estrangeiros.
Retaliação
Na manhã deste domingo (20), o militante islâmico considerado o maior suspeito de ordenar o ataque contra a refinaria, Mokhtar Belmokhtar, teria confirmado que é o responsável pelo sequestro dos funcionários argelinos e estrangeiros.
Belmokhtar fez a declaração em uma mensagem de vídeo enviada por um site de notícias da Mauritânia, o Sahara Media.
No vídeo, o militante exige o fim da ação militar francesa no Mali e confirma sua ligação com a Al-Qaeda.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, confirmou neste domingo que três britânicos foram mortos durante o sequestro. Outros três continuam desaparecidos.
Segundo o ministro do Exterior da Grã-Bretanha, William Hague, as autoridades do país estão "trabalhando duro" para localizar os desaparecidos.
Tanto Cameron como o presidente americano, Barack Obama, culparam "terroristas" pela morte dos reféns.
"Este ataque é outro lembrete da ameaça da Al-Qaeda e outros grupos extremistas violentos no norte da África", disse Obama no sábado (19).
"Vamos continuar trabalhando com todos os nossos parceiros para combater a calamidade do terrorismo na região."
A agência de notícias estatal APS afirmou, citando o Ministério do Interior da Argélia, que 685 funcionários argelinos foram libertados. Dos 132 trabalhadores estrangeiros do complexo, 107 teriam sido resgatados.
O campo de gás de Tigatourine, no leste do país, é operado pela britânica BP, pela norueguesa Statoil e pela petroleira estatal argelina.

Reprodução: Cidade News Itaú

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