quinta-feira, janeiro 10, 2013

Corte nos Estados Unidos discute divulgação de fotos da morte de Osama bin Laden


Foto sem data do terrorista Osama bin Laden
A Corte Federal dos Estados Unidos vai discutir nesta quinta-feira (10) se libera ou não a divulgação das fotos da operação que matou o ex-líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em maio de 2011.

O processo, aberto pelo grupo conservador Judicial Watch, pede a liberação das 52 fotos da operação, incluindo do corpo do mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001, no terceiro andar de um complexo residencial no Paquistão, onde se escondia.

De acordo com a rede CNN, o grupo vai apresentar seus argumentos a um painel de três juízes na Corte de Apelação dos Estados Unidos, em Washington.

Alguns oficiais de defesa e inteligência mostram preocupação de que as imagens provoquem revolta e incitem atos de violência contra os norte-americanos pelo mundo, de acordo com reportagem do jornal "The Washington Post".

Um juiz federal julgou em primeira instância em abril de 2012 a favor do governo e decidiu que havia legítimos interesses de segurança nacional para barrar a divulgação das fotos. "Uma imagem pode valer mais que mil palavras. E, talvez, imagens em movimento tenham um valor ainda maior", disse o juiz James Boasberg na época. "No entanto, neste caso, as descrições verbais sobre a morte e sepultamento de Osama bin Laden são o suficiente."

Na tentativa de reverter a decisão, o Judicial Watch aponta que o governo dos Estados Unidos se baseia em uma isenção sobre a Lei de Liberdade de Informação que é muito vaga. O grupo pede que o tribunal garanta que as exceções "não se tornem isenções abrangentes".

"Presidente Obama pede aos tribunais para reescrever a lei, para assim permitir que sua administração retenha os documentos, simplesmente por que sua divulgação pode provocar polêmica", disse em comunicado Tom Fitton, presidente da Judicial Watch. 

Segundo o apelo do grupo, o governo "não apresentou qualquer prova de que todas as 52 imagens, incluindo aquelas que descrevem o sepultamento no mar, dizem respeito a 'atividades externas dos Estados Unidos'".

Quando anunciou o sucesso da operação no ano passado, o presidente Barack Obama deu uma breve descrição do sepultamento de Bin Laden no mar do Norte da Arábia. Obama disse ainda que fotos foram tiradas e que "a análise facial" foi usada para confirmar a identidade do terrorista.

"Os réus também não conseguiram fornecer qualquer evidência de que as imagens que retratam o enterro no mar, na verdade, pertencem a 'atividades de inteligência'. Também não demonstraram por que a liberação de imagens de um enterro, que teria sido feito de forma digna, poderia provocar dano excepcionalmente grave à segurança nacional", complementa o apelo.

Este mês, será lançado nos cinemas o filme "A Hora Mais Escura" ("Zero Dark Thirty", em inglês), baseado na operação que resultou na morte de Osama.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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