domingo, dezembro 09, 2012

Delegacia de Narcóticos encerra ano com apreensão de aproximadamente 400 quilos de drogas

Bacharel_Denys_Carvalho

"Este ano adotamos estratégia diferente: deixamos um pouco de lado as pequenas apreensões de drogas para nos dedicarmos às investigações de grande porte, com um volume de apreensão de entorpecentes em grande escala e conseguimos tirar de circulação quase 400 quilos de drogas, dos bairros e ruas de Mossoró", sintetizou o delegado Denys Carvalho da Ponte, sobre o trabalho da Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), por ele comandada.
As colocações do delegado resumem a atuação da especializada este ano, considerado um dos mais proveitosos dos últimos tempos, devido a grande quantidade de entorpecentes tirado das ruas.
O balanço da Denarc mostrado com exclusividade pelo O Mossoroense, na série de balanços das delegacias de Mossoró, retrata uma evolução no trabalho dos agentes e delegado em relação a outros anos. Somente este ano, 390 quilos de drogas foram apreendidos, parte foi tirada de circulação em uma única operação, no bairro Santo Antônio, onde policiais localizaram 350 quilos de maconha prensada.
"O nosso trabalho não se limitou apenas a apreensões. Fizemos inquéritos, prendemos traficantes e bandidos, recuperamos veículos roubados, tiramos armas de circulação e realizamos inúmeras operações, todas com resultados positivos", destacou.
De acordo com Denys Carvalho, foram instaurados 110 inquéritos policiais, todos praticamente concluídos e enviados à Justiça. Além disso, a Denarc foi responsável por 139 prisões, entre elas 107 homens e 32 mulheres, todas ligados a problemas com drogas. "Realizamos ainda aproximadamente 80 Termos Circunstanciais de Ocorrência, sendo a sua maioria em desfavor de viciados e menores", complementou.
Também figura entre as apreensões da Denarc, nove armas de fogo, sendo quatro revólveres calibre 38, duas pistolas, um rifle e duas espingardas, além de detenção de dois veículos e nove motocicletas.
Considero um dos anos mais proveitosos. Vale salientar também que a maioria das ações da Denarc foi feita pelos nossos próprios agentes. É bem verdade que sempre que precisamos, a Polícia Militar e os nossos colegas delegados de outras especializadas nos ajudam, no entanto, destaco a qualidade da nossa equipe, composta por pessoas extremamente profissionais".
Ainda de acordo com o delegado, o trabalho da Denarc pode ser ajudado pela população, com denúncias feitas através do "Disque Denúncia 197", disponibilizado gratuitamente para qualquer telefone, fixo ou móvel.
"Pedimos encarecidamente que a população ajude o nosso trabalho. Não precisa se identificar, basta ligar de qualquer telefone para o número 197, que vamos investigar se a informação é verdadeira e assim começar um trabalho de investigação. Denuncie as bocas de fumo, os locais suspeitos qualquer outra irregularidade que prejudique e ponha em risco a segurança pública. Fazendo isso seu nome vai ficar em sigilo e os criminosos e traficantes presos", concluiu. 
"As investigações da Denarc culminaram com a maior apreensão de drogas já realizada em Mossoró", diz delegado
Responsável pela maior apreensão de drogas já ocorrida em Mossoró e a terceira maior do Estado, quando uma operação da Denarc apreendeu 350 quilos de maconha prensada, escondida em uma residência da rua Tabelião Aoem Menescau, bairro Santo Antônio, o delegado Denys Carvalho da Ponte enfatiza o trabalho dos agentes e revela que a luta continua, para concretizar a operação e colocar na cadeia os verdadeiros donos da maconha.
O delegado já dispõe de informações sobre os nomes dos donos da droga, porém, para não atrapalhar o rumo das investigações, prefere não dar mais detalhes sobre a segunda etapa dos investigadores.
"Primeiro quero dizer que todo o trabalho de investigação foi feito pela equipe da Denarc, em uma monitoração detalhada e criteriosa, onde pretendíamos pegar uma tonelada de maconha, que estaria para chegar em Mossoró. Porém somente parte do entorpecente foi localizada e teríamos que agir rápido para que o produto não fosse espalhado na cidade, por isso que apenas 350 quilos foram apreendidos", destacou.
O delegado acrescentou que as duas mulheres que foram indiciadas no processo tinham apenas a incumbência de "guardiãs" da droga, que o verdadeiro dono não podia aparecer, se acaso fossem pegas. "Essa história que os donos são de Natal é conversa fiada. Já temos uma linha de investigação de que a droga seria entregue a uma pessoa de Mossoró, que mais dia vamos descobrir quem é".
Entenda
No dia 8 de novembro passado, uma investigação dos agentes da Denarc resultou na maior apreensão de drogas já registrada na cidade de Mossoró. 350 quilos de maconha prensada foram encontrados em uma residência no bairro Santo Antônio.
O entorpecente estava na residência de Andrea Filgueira da Silva, 31, que conseguiu escapar do cerco policial, porém se apresentou e ficou presa dias depois. Uma companheira de Andrea, identificada como Shirley Maklene da Silva, 18, estava na casa e foi presa em flagrante.
À polícia, Andreia contou que a droga pertencia a um homem chamado "Antonio", residente em Natal, que ela havia conhecido durante uma festa e teria "ficado" com ele.
Disse também que o suposto namorado pediu para que ela guardasse a droga que iria trazer de Natal para entregar a uma pessoa em Mossoró, chamada "Boy", que ela não conhecia.
Disse também que o entorpecente havia chegado a sua casa trazido por Antonio, um dia antes de ser apreendido, e que ele havia pedido apenas para que ficasse guardado até o receptador vir buscá-lo.

Maconha volta a figurar entre as drogas mais consumidas na cidade
Levantamentos da Denarc mostram que a maconha voltou a ser consumida em grande escala na cidade de Mossoró, depois de alguns anos ter sido substituída pelo crack.
"No início dos anos 2000, a febre do crack se espalhou pelas ruas da cidade, liderando o ranking entre os viciados. Entretanto, este ano podemos constatar entre as apreensões que temos realizado que a maconha voltou a ser consumida em larga escala pelas ruas e bairros de Mossoró", explicou Denys Carvalho.
O retorno do entorpecente, segundo o delegado, é devido ao poder destrutivo que o crack tem, fazendo com que as bocas lucrem mais com a venda da maconha. Para comprovar as investigações, o delegado relembra os 350 quilos da erva apreendidos recentemente.
"O viciado em maconha causa menos problema para o traficante do que os viciados em crack. Além do mais, o dependente de crack se destrói bem mais rápido do que o de maconha e passa a gerar mais problemas aos traficantes", disse.
A quantidade de maconha apreendida no Rio Grande do Norte este ano demonstra que a tendência da reativação da venda da maconha cresceu em todo o Estado. "Olha, de uma vez apreendemos 350 quilos, poucos dias antes a PRF apreendeu uma tonelada próximo a Natal e recentemente a polícia deteve na região metropolitana quase 500 quilos do produto. Toda essa droga seria consumida em substituição ao crack e outras drogas mais caras", finalizou.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!