sábado, novembro 10, 2012

Criminosos atacaram 28 unidades bancárias no RN este ano, revela PM


Agências do BB e Bradesco foram explodidas em Grossos (Foto: Gelli Maia)

Um total de 28 unidades bancárias foram alvo de investidas criminosas no Rio Grande do Norte ao longo deste ano, segundo a Polícia Militar. As ações incluem as duas agências detonadas na madrugada desta sexta-feira (9) no município de Grossos, a 332 quilômetros da capital, onde os criminosos detonaram cargas de dinamite dentro dos prédios do Banco do rasil e Bradesco.

Violações de terminais eletrônicos com uso de maçaricos e arrombamentos causados por explosivos, normalmente dinamite, são os modos utilizados.
O relatório foi repassado ao G1 pelo comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo Silva. Ele promete intensificar o patrulhamento, principalmente, nas divisas do estado.
"Esta é uma preocupação permanente da Polícia Militar. Com frequência realizamos operações em vários municípios e conseguimos coibir muitas ações. No entanto, os bancos, como instituição financeira, têm obrigação de cuidar de seus patrimônios, com invetimento em medidas preventivas de segurança orgânica, inclusive na defesa de seus clientes”, declarou.
Segundo o relatório, das 28 unidades que sofreram alguma intervenção criminosa, em 20 delas os criminosos recorreram ao interior do estado, onde o policiamento é mais carente.
Entre os alvos o Banco do Brasil é quem mais acumula visita dos saqueadores: 22 agências ou terminais já foram danificados este ano. A instituição financeira, assim como os demais bancos procurados pelo G1, não comenta sobre os casos e não divulga o montante saqueado.
A delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), prefere não revelar detalhes sobre o andamento das investigações e a Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol) não tem informações precisas sobre quantos suspeitos foram presos ou quadrilhas desarticuladas ao longo deste ano.
Últimas ocorrências

Nas últimas 48 horas o interior do estado foi alvo de três explosões. Na madrugada da quinta-feira, um bando usou explosivos para arrombar caixas eletrônicos do Banco do Brasil na cidade de Alto do Rodrigues, distante 200 quilômetros de Natal.
Na ocasião, a polícia informou que os criminosos conseguiram levar o dinheiro de pelo menos dois terminais. Acompanhados dos PMs que atenderam a ocorrência, funcionários foram ao banco e confirmaram que o cofre da agência não foi atingido. Populares contaram que a ação criminosa foi realizada por oito homens. O bando teria usado dois veículos, provavelmente um Polo e um Captiva, ambos de cor prata.
Grossos
A mais recente ocorrência foi na madrugada desta sexta-feira (9), quando duas agências foram atacadas em Grossos, a 332 quilômetros da  capital. Na cidade, pelo menos dez criminosos detonaram cargas de dinamite dentro das agências do Banco do Brasil e do Bradesco.
Informações oficiais confirmadas pela polícia dão conta de que os criminosos utilizaram um caminhão roubado na própria cidade para trancar a rua onde ficam as duas agências. Outros dois veículos também teriam sido usados para impedir a passagem oposta da via. Depois disso, os criminosos explodiram os terminais eletrônicos e fugiram levando o dinheiro, mas abandonaram o caminhão.
Uma quadrilha só
Nas duas investidas, segundo a polícia, os criminosos abriram mão de uma mesma artimanha para escapar da polícia. Na fuga, eles jogaram grampos de metal na pista. Viaturas da PM, que tentavam empreender perseguição, tiveram os pneus furados.
Isso deixa a suspeita, segundo o major Correia Lima, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, que os arrombadores que vêm agindo em diferentes cidades do Rio Grande do Norte podem pertencer a uma mesma organização criminosa. “Tenho certeza que estamos enfrentando uma única quadrilha", afirmou.
Sindicato dos Bancários
O diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Marcos Tinôco, comentou que a responsabilidade da segurança nas agências não está somente a cargo da Polícia Militar. Tinôco defende que os banqueiros também devem tomar providências para coibir os crimes dentro dos bancos. "O mais preocupante desses números é a violência", destacou o sindicalista.
Para Tinôco, a vigilância 24 horas, colocação de portas giratórias e vidros blindados nas agências são apenas os primeiros passos para que os locais fiquem mais seguros. "Isso é o básico. Os banqueiros precisam realizar um estudo para fazer um projeto de segurança", acrescentou. "As coisas estão acontecendo e ninguém faz nada; nem os órgãos de segurança pública nem os empresários donos de banco", criticou o sindicalista.

Fonte: G1/Cidade News Itaú

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