Náutico aproveita pane defensiva do São Paulo e vence com direito até a gol contra de Ceni

Náutico		3	x	0		São Paulo
Técnico: Alexandre Gallo						Técnico: Ney Franco

Antes do jogo contra o Náutico o discurso dos atletas do São Paulo era que havia chegado a hora de falar menos e resolver em campo as falhas da defesa. Mas o que foi visto nesta quarta-feira em Recife foi uma pane no setor, principalmente no primeiro tempo, que custou a derrota por 3 a 0 para o Náutico, com direito a gol contra do ídolo Rogério Ceni.

E não poderia ter pior hora no São Paulo para o revés, pois os principais rivais na briga pelo título também perderam pontos, já que o Atlético-MG, Cruzeiro e Fluminense empataram, e o Grêmio foi derrotado em casa. O Náutico confirmou o seu bom momento em casa e conseguiu mais uma vitória expressiva contra um rival do estado de São Paulo, quando venceu o Santos pelo mesmo placar desta quarta.

A defesa do São Paulo falhou desde o início. Preocupado, o técnico Ney Franco sacou o zagueiro João Filipe aos 10min do primeiro tempo, colocando o volante Casemiro no seu lugar. Mas o que se viu foi outro erro defensivo que gerou no gol de pênalti convertido por Kieza.

Casemiro atuou como volante, e não de líbero como havia jogado contra o Grêmio no último domingo. Mas os laterais Douglas e Cortez atuaram praticamente como alas, o que gerou um ‘buraco’ no setor. O segundo gol comprovou o problema, quando o volante Denilson foi marcar na defesa, já que o zagueiro Rafael Toloi estava no meio de campo adversário.

O goleiro Rogério Ceni até que tentou ajudar com boas defesas, suas costumeiras orientações aos jogadores quando a partida estava parada e até um ‘quase-gol’ que enganou boa parte dos espectadores do estádio dos Aflitos e os narradores das TVs Globo e Bandeirantes, pois a bola passou na rede pelo lado de fora. Mas o que se viu foi um São Paulo inoperante no ataque, com Jadson bem marcado, Ademilson sumido e apenas três finalizações certas, contra 11 do rival. O Tricolor nada criou, apesar de receber mais que o dobro das bolas que o Náutico - 334 a 141, segundo o Datafolha.

“Não tem mais o que falar. Agora é trabalhar. Falamos demais já. Estamos mostrando pouco”, esbravejou um irritado Denilson na saída do intervalo.

Mas a quarta-feira foi definitivamente um dia para se esquecer no São Paulo, pois até um dos melhores do time na partida falhou. Rogério Ceni, que antes havia evitado pelo menos dois gols do Náutico, teve a proeza de fazer um gol contra após sair de forma atabalhoada em uma cobrança de escanteio.

Ney Franco ainda tentou mudar o time, mas sem sucesso. E o revés foi concretizado, com direito a gritos de olé do torcedor do Náutico. O único consolo para o torcedor do São Paulo após a partida é que, enfim, o meia-atacante Lucas voltará no próximo sábado, contra a Ponte Preta, após defender a seleção brasileira nas Olimpíadas e no amistoso contra a Suécia. Mas a realidade incômoda é que o naufrágio em Recife foi a terceira derrota seguida do São Paulo no Brasileirão.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú