Desde o início do ano letivo de 2012, grande parte das 62 escolas da rede estadual de educação tem enfrentado problemas com a falta de professores. O problema tem preocupado diretores das escolas, os pais de alunos e os próprios estudantes, que estão se sentindo prejudicados, já que em muitos casos ainda não tiveram aulas de disciplinas importantes, como Português e Matemática. Procurada para falar sobre o problema, a responsável pela 12a. Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desporto (DIRED), Magali Delfino, afirmou que está buscando soluções para o déficit de professores.
Os principais prejudicados pela falta de professores, os alunos, cobram com frequência dos diretores uma solução para essa situação, mas na maioria das escolas a resposta que tem recebido é a mesma, que estão esperando a 12ª Dired enviar os profissionais.
Na Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, os alunos de cinco turmas estão sem aula de Física e os de sete turmas não dispõem de aula de Matemática, ambas desde o início do ano. O problema se agravou com o remanejamento da professora de Biologia para outro projeto, deixando os alunos de 12 turmas também sem aula da disciplina. Ao todo, o problema tem afetado 450 alunos, que já estão em fase preparatória para o vestibular.
O diretor do Abel Coelho, Francisco José Alencar, diz que já levou a necessidade da escola ao conhecimento da 12a. Dired. Ele afirma que esse é um problema crônico enfrentado pela educação estadual que vem se arrastando desde as gestões anteriores.
“Nunca teve um ano para começar com todos os professores nas escolas. Todo ano é o mesmo drama, mas nunca as escolas tinham enfrentado uma situação como essa, uma falta tão grande de professores”, relata.
Descontentes com o problema, os alunos de outras escolas da rede estadual procuraram os veículos de comunicação ou reclamaram da situação vivenciada através de redes sociais. A reportagem do JORNAL DE FATO visitou algumas dessas escolas para saber a real situação de cada uma. Entre as unidades visitadas estão a Escola Estadual Tertuliano Ayres Dias, que funciona no bairro Planalto 13 de Maio, Escola Estadual Jerônimo Rosado, Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana (CEIPEV) e Escola Estadual Cunha da Mota.
Em todas foi encontrada situação semelhante, no entanto na última o problema é mais grave, já que a falta de professores tem acarretado a evasão dos alunos, que estão deixando de ir para a escola ou mesmo procurando outra unidade com um quadro de profissionais menos incompleto.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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