sábado, maio 19, 2012

Ceará adota medida contra a febre aftosa e restringe entrada de animais potiguares

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A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) anunciou na terça-feira (15) a restrição à circulação de ovinos, caprinos, suínos e bovinos oriundos do Rio Grande do Norte, bem como dos produtos oriundos desses animais, como, por exemplo, carne, leite, queijo. A medida também foi estabelecida nas fronteiras com a Paraíba. Os profissionais que atuam nas barreiras estão orientados a voltar para a origem, todos os produtos e animais desses estados.

O órgão explicou que as barreiras foram fechadas para o RN, incluindo desta forma no processo o município de Mossoró, devido à não-adequação às normas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para pleitear o status de zona livre de febre aftosa com vacinação.

De acordo com o supervisor-geral do Abatedouro Frigorífico Industrial de Mossoró, Júnior Lima, a medida vai surtir pouco efeito em Mossoró no que diz respeito à venda de carne para consumo para outros estados, tendo em vista que o que é produzido pelo abatedouro é consumido no próprio município.

"Os animais abatidos em nosso estabelecimento são provenientes de outros estados, como Goiás e Pará, e antes de ser tomada qualquer ação os animais são rigorosamente vistoriados. Antes mesmo de serem abatidos, é realizada uma inspeção para saber se os bichos possuem a guia de vacinação, se eles não apresentam qualquer tipo de patologia. Como não comercializamos esse tipo de produto para outras regiões, o fechamento das barreiras não representa nenhum transtorno aos comerciantes da região."

A Adagri informou que caso os produtos e animais sejam identificados dentro do Ceará, os animais serão sacrificados e os produtos incinerados, destacando que a única maneira de esses animais circularem no Estado é se eles estiverem em quarentena e submetidos a exames sorológicos antes de ingressarem na área sob inquérito. A medida visa reduzir possíveis riscos de introdução do vírus na área em estudo.

Para tentar reverter essa situação, a cidade aposta na imunização do rebanho contra a aftosa. A primeira etapa da campanha segue até 31 de maio, e a segunda etapa está prevista para acontecer entre os dias 1º e 30 de novembro. O gerente da Agricultura, Rondinelly Carlos, disse que é muito importante a colaboração dos criadores, a fim de se evitar atrasos na vacinação. "Se todos colaborarem, iremos cumprir a nossa meta de imunização de todo o rebanho bovino", afirmou o gerente.

Fonte: O Mossoroense

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