O desempregado Luís Dom Diego Dantas, que tem 24 anos e é conhecido como "Pombinha", se apresentou na terça-feira passada à Polícia e confessou que matou o carroceiro José Sanini da Silva, 46. Fora esse crime, Pombinha é acusado de outro homicídio, uma tentativa, e dois assaltos. Apesar de todos esses crimes, cometidos entre 2007 e 2010, ele continuava em liberdade. Após prestar depoimento, o homicida confesso foi liberado e vai aguardar a investigação em liberdade, assim como ocorreu das outras vezes.
Pombinha reside no bairro Alto da Conceição (zona sul) e sua extensa ficha criminal espantou os policiais que investigam a morte de José Sanini. O primeiro crime que consta na lista de Pombinha ocorreu em 2007, em Mossoró, quando ele teria praticado um assalto. Em 2009, outros dois processos foram abertos contra ele, sendo um por assalto, em Grossos, e outro por assassinato, em Mossoró. Apesar dos antecedentes criminais, o suspeito voltou às ruas e um novo inquérito foi aberto contra ele, desta vez por tentativa de homicídio, em Mossoró, no ano de 2010. Dois anos depois, veio nova morte.
Em depoimento, o homicida confesso disse que matou o carroceiro porque havia sido ameaçado de morte por ele e o filho. Os três se envolveram em uma discussão e isso foi motivo suficiente para que Pombinha assassina-se o carroceiro com vários tiros. A vítima saiu de casa para trabalhar, no bairro Bom Jesus (zona sul) e foi morta em uma emboscada. "Ele cometeu o crime a sangue frio, de forma calculista", destaca o delegado Roberto Moura, que investiga o caso. Após prestar depoimento, o criminoso foi liberado novamente (não havia nenhuma ordem de restrição de liberdade contra ele).
Ao ser questionado sobre a liberdade do homicida, o delegado não quis se manifestar. Disse que o crime está elucidado e que agora vai aguardar o resultado de exames periciais para concluir o inquérito e remetê-lo à Justiça. Roberto admite a possibilidade, no entanto, de pedir a prisão preventiva de Pombinha ao término da investigação. A extensa ficha criminal do jovem é um dos fatores decisivos para justificar o pedido de prisão. Roberto tem um prazo de 30 dias para concluir o processo investigativo. Só depois disso a Justiça se manifestará, acatando ou não o pedido de prisão do inquérito.
Identificado jovem morto na zona rural
O jovem que foi encontrado morto na manhã de terça-feira passada, na zona rural de Mossoró, foi identificado como Francisco Carlos Henrique Felício Caldas, 22 anos, natural de Fortaleza (CE). Ele morava na zona rural de Aracati (CE).
O reconhecimento do cadáver foi feito na manhã de ontem por familiares do jovem, no Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró. O corpo foi liberado ainda ontem e levado para Aracati.
O delegado Roberto Moura é responsável também por essa investigação e disse ontem ter suspeitas do que poderia ter acontecido com o cearense, no entanto preferiu não entrar em detalhes sobre a investigação.
A Polícia Civil ainda não sabe ao certo se o jovem foi executado no local onde foi encontrado. A suspeita é que ele tenha sido morto em outro local, possivelmente em Mossoró mesmo, e levado para a zona rural. Essa é uma forma usada pelos bandidos para tentar dificultar a investigação, conforme o delegado Roberto.
Exames feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia irão tirar essa dúvida, bem como esclarecer outras situações que ajudarão o inquérito.
Fonte: Defato
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