quinta-feira, janeiro 05, 2012

Comissão de Direitos Humanos da OAB faz vistorias em hospitais do município

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Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizaram ontem, 4, vistoria nos principais hospitais do município. A visita tem como objetivo colher dados sobre a real situação das unidades hospitalares, a fim de elaborar um relatório para buscar soluções para a saúde pública da cidade.
A visita é resposta a uma denúncia feita por plantonistas do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), no dia 22 de dezembro do ano passado. Os profissionais queixaram-se sobre o atraso nos repasses de pagamento e das condições de trabalho nos hospitais, especialmente na unidade em que atuam.
"Após recebermos a denúncia tínhamos planejado fazer essa visita somente no dia 7 de janeiro devido ao período de recesso. Mas, diante da situação que está a saúde com a suspensão das cirurgias eletivas, resolvemos antecipar as visitas", afirma o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Osivaldo de Sá Leitão.
Pela manhã, a equipe visitou o HRTM e o Hospital Wilson Rosado. Estas visitas foram acompanhadas pelo promotor de plantão da região de Mossoró, Leonardo Cartaxo Trigueiro. Na visita ao Tarcísio Maia, o diretor da Unidade, Ney Robson, reconheceu que houve atraso no repasse dos plantonistas. No entanto, ele assegurou que o pagamento seria normalizado ainda hoje.
No período da tarde, a comissão esteve na Casa de Saúde Dix-sept Rosado. No encontro, o diretor administrativo da Casa de Saúde, André Néo, apresentou documentos mostrando a situação. "A Casa de Saúde vem sofrendo há muito tempo com atrasos nos repasses do SUS. Além disso, ainda estamos aguardando o pagamento por 400 procedimentos feitos na unidade, entre outras questões que geram dificuldades para o hospital", diz.
Osivaldo de Sá Leitão disse que após as visitas nos hospitais a equipe irá conversar com o gerente executivo da Saúde, Benjamin Bento. O encontro deverá ser realizado ainda hoje. O advogado informa que irá questionar, entre outras coisas, os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) para hospitais privados e filantrópicos no município e como é feito o convênio com o hospital de Russas (CE).
"Queremos ouvir todas as partes envolvidas na saúde pública para saber a quem cobrar, se a Prefeitura ou o Estado", disse. E complementa, se for necessário pedirá a intervenção do Ministério Público para buscar soluções para o problema.

Fonte: O Mossoroense

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