quarta-feira, novembro 30, 2011

Sinal Fechado: três acusados ainda não prestaram depoimento aos promotores

Rafael BarbosaO político João Faustino foi um dos que não prestaram depoimento. Encontra-se internado devido a problemas de saúdeO político João Faustino foi um dos que não prestaram depoimento. Encontra-se internado devido a problemas de saúde

Três pessoas investigadas pelo Ministério Público Estadual por supostas fraudes envolvendo o Detran/RN ainda não prestaram depoimentos. São eles: o suplente de senador João Faustino Ferreira Neto, o "lobista" paulista Alcides Fernandes Barbosa e o empresário Carlos Alberto Zafred Marcelino. Os outros 11 suspeitos com suposta participação direta no esquema criminoso já prestaram depoimentos na sede da Procuradoria-geral de Justiça.

O atraso nas oitivas se explica por diferentes razões. O político João Faustino permanece internado na Casa de Saúde São Lucas e, portanto, sem condições de se submeter ao processo. Alcides foi detido no Estado de São Paulo e ainda não se sabe como será o procedimento para colher as informações do suspeito.

Já Carlos Zafred é o único que teve prisão decretada pela Justiça e não foi encontrado. O empresário tem residência em São Paulo e devido ao não cumprimento da ordem de prisão, viu a prisão temporária ser convertida em preventiva.

Os outros investigados estiveram na sede da Procuradoria-geral de Justiça na segunda-feira passada. As informações foram confirmadas na manhã desta quarta-feira (30) pela assessoria de imprensa do Ministério Público.

Memória

A operação Sinal Fechado foi resultado de nove meses de investigação do Ministério Público Estadual. A atuação do MP teve início após indícios de irregularidades na licitação da inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte.

A partir daí, os promotores de Justiça descobriram uma suposta organização criminosa envolvida com outras fraudes relacionadas ao Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte. O Ministério Público aponta o advogado e empresário George Anderson Olímpio da Silveira como chefe da suposta quadrilha. 

Ele alcançou lucros classificados como ilegais através das taxas de registro de contrato de financiamento de veículos. Após isso, o dinheiro lucrado ilegalmente serviria para abastecer propinas a políticos e lobistas para atuar em favor dos objetivos do grupo. 

A dita organização criminosa se articulou para fraudar e vencer a licitação da inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Planejava também atuar na Paraíba e possuía ramificações em diversos Estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Na quinta-feira passada, o Ministério Público com auxílio da Polícia Militar deu cumprimento a 14 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão expedidos pela 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal. 

Fonte: Tribuna do Norte

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