quarta-feira, março 20, 2024

Sob conflito político, União Brasil afasta Bivar da presidência do partido

Luciano Bivar, presidente afastado do União Brasil — Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

O União Brasil, em reunião nesta quarta-feira (20), decidiu afastar o deputado Luciano Bivar (PE) da presidência do partido.


O mandato de Bivar só terminaria no fim de maio, mas a sigla resolveu antecipar a saída dele da presidência após o deputado se envolver em uma ferrenha briga política com o Antônio Rueda, que ganhou a eleição para a sucessão. Rueda ganhou a eleição do próprio Bivar.


Na semana passada, duas casas de praia da família de Rueda foram incendiadas no litoral de Pernambuco. Em razão da briga política, rivais acusaram Bivar, que negou qualquer participação.


O União Brasil é um dos maiores partidos no Congresso. Tem a terceira maior bancada da Câmara, com 59 deputados. Dado o seu tamanho, possui uma fatia bilionária do Fundo Partidário, o que torna o comando do partido alvo de cobiça dos políticos, ainda mais em um ano de eleições. Também tem 7 senadores e 3 ministros no governo Lula.


A sigla nasceu em 2022 da fusão do antigo DEM (que antes era PFL) e do antigo PSL. O PSL foi o partido pelo qual o ex-presidente Jair Bolsonaro se elegeu em 2018, ano em que a sigla também fez grande bancada na Câmara. Na época, Bivar presidia o PSL. Bolsonaro se desentendeu com o partido e se mudou para o PL, levando parte de seus aliados.


Mesmo com essas saídas, o partido formado por PSL e DEM se tornou uma das principais forças da centro-direita no país.


Crise no União

A crise no partido tem origem na disputa pela presidência da sigla, que envolve Bivar e Antonio Rueda, recém-eleito presidente da legenda.


A briga ganhou força após o incêndio nas duas casas de praia.


O episódio motivou o protocolo de uma representação de integrantes da União contra Bivar, assinada por governadores e parlamentares da Câmara e do Senado.


Entre as acusações listadas no documento estão:


ameaça de morte contra o vice-presidente Antônio Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;

indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã;

violência política contra mulher;

validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido.


Fonte: g1

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