quinta-feira, agosto 03, 2023

CPI dos Atos Golpistas aprova quebra de sigilos de Mauro Cid e Anderson Torres

Mauro Cid ficou em silêncio na CPI dos Atos Golpistas — Foto: Eraldo Peres/AP

A CPI dos Atos Golpistas aprovou nesta quinta-feira (3) a quebra de sigilos de várias pessoas, entre as quais Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal.


Tenente-coronel do Exército, Mauro Cid já compareceu à CPI dos Atos Golpistas, mas ficou em silêncio e não respondeu às perguntas dos parlamentares. No caso dele, a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (de mensagens).


Anderson Torres, que exerceu o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro, ocupava a função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, data dos atos golpistas. Torres chegou a ser preso suspeito de omissão, mas já foi solto.



A CPI decidiu quebrar os sigilos telefônico e de mensagens de Torres. Ele será ouvido pela comissão na próxima terça-feira (8).


Anderson Torres em foto de 15 de junho de 2022, quando ainda era ministro da Justiça do governo Bolsonaro. — Foto: REUTERS/Adriano Machado/File Photo


Outras pessoas

Ainda na sessão, a CPI também aprovou a quebra de sigilos de outras pessoas, entre elas:


general Carlos Eduardo Feitosa Rodrigues: nomeado servidor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro;

André Luiz Garcia Furtado, coronel e servidor do GSI que esteve no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas.


George Washington de Oliveira, na CPI dos Atos Antidemocráticos — Foto: Reprodução


George Washington

A CPI também aprovou nesta quinta-feira a quebra dos sigilos telefônico e telemático de George Washington.


Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Washington foi condenado por ter colocado uma bomba em um caminhão nos arredores do aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado, isto é, às vésperas da posse de Lula como presidente.


Em depoimento à CPI, o perito da Polícia Civil do Distrito Federal que fez a perícia da bomba, Renato Carrijo, o material é utilizado por empresas especializadas na explosão de pedreiras.


Além disso, segundo Carrijo, parte do material é de uso restrito e acessada somente com autorização do Exército.


Morador de Araraquara, Walter Delgatti Neto é conhecido como o hacker da Vaza Jato — Foto: Reprodução/Twitter


Relatórios de Inteligência Financeira

Os parlamentares também aprovaram acesso a Relatórios de Inteligência Financeira – conhecidos como RIF e produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – de empresários e empresas.


Os RIFs são documentos produzidos quando o Coaf identifica movimentações consideradas suspeitas entre empresas ou pessoas físicas, que podem estar relacionadas a lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.


Entre os documentos que serão solicitados pela CPI, estão os relacionados a Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, e do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi convocado pela comissão.


Segundo anunciou o presidente Arthur Maia, o período do RIF solicitado será de junho de 2021 até agosto de 2023.


Fonte: g1

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