quinta-feira, maio 25, 2023

Em evento do dia da indústria, Geraldo Alckmin faz coro a Lula e volta a reclamar dos juros

Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a reclamar da atual taxa de juros do Brasil, definida e mantida em 13,75% pelo Banco Central - que é independente ao governo federal. A crítica ocorreu em evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em data que é comemorado o dia da indústria.


O vice-presidente Geraldo Alckmin cumprimenta o presidente Lula durante evento na Fiesp, em SP — Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo


"O cambio está bom, o juros têm que cair. Aliás, eu estava lembrando agora à tarde que em 2020 a inflação era maior do que hoje", disse o vice.


"Em 2020, (a inflação) era maior do que essa e a taxa Selic era 2%. 2%! Como se pode explicar como a inflação até menor você ter uma taxa Selic de 13,75%. E é evidente que isso prejudica a atividade econômica", afirmou o político.


O ministro da Indústria usou como base da crítica a aprovação do novo arcabouço fiscal, na última quarta-feira (24), pela Câmara dos Deputados. Além dele, estiveram presentes no evento o presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).


Nesta quinta-feira (25), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto disse à apresentadora da GloboNews Andreia Sadi que a aprovação do marco fiscal acabou com risco de inflação descontrolada.


Ele elogiou o trabalho do governo federal, por meio de Fernando Haddad, para garantir a aprovação da nova política fiscal, e afirmou ter uma boa relação com o ministro da Fazenda. "O ministro Haddad é uma pessoa muito fácil de conversar, muito acessível, tenho um relacionamento bom com ele desde o começo", afirmou.


A declaração de Alckmin vai ao encontro às falas recorrentes do presidente Lula (PT) sobre juros. Também em evento da Fiesp e logo após seu vice, Lula disse que "é uma excrescência" a taxa de juros ser 13,75%. "É uma excrescência para este país. O país não merece isso", afirmou.



Em seu pronunciamento, Alckmin destacou o fato de a queda nos combustíveis não ter entrado na última variação da inflação, que ficou em 4,07%. Segundo ele, esta ação do governo e a aprovação do arcabouço fazem com que os jurus futuros já estejam em queda.


"Essa votação, votação importante do novo regime fiscal, é um pouco dessa construção coletiva, Pacheco [ao se referir ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, presente no evento]. É um pouco dessa construção coletiva que eu acho que vai ocorrer também na reforma tributária", disse Alckmin.

Após a Câmara, o arcabouço é encaminhado justamente ao Senado para avaliação e votação dos senadores. Pacheco declarou que o arcabouço " será encaminhado para o rito próprio para muito em breve encaminharmos para o senhor presidente", sinalizando apoio à medida.


Fonte: g1

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