quinta-feira, março 09, 2023

Rússia usa mísseis de cruzeiro hipersônicos em maior ataque no segundo ano da guerra; oito morrem

Com alguns dos mísseis mais poderosos que tem, a Rússia atacou nesta quinta-feira (9) as principais cidades da Ucrânia. Foi a maior ofensiva desde que a guerra completou um ano, em 24 de fevereiro.


Bombeiros trabalham em local atingido por míssil da Rússia em Kiev, na Ucrânia — Foto: AREUTERS/Gleb Garanich TPX IMAGES OF THE DAY


Oito pessoas morreram nos ataques, segundo autoridades locais.


Bombeiros trabalham em local atingido por míssil da Rússia em Kiev, na Ucrânia — Foto: AREUTERS/Gleb Garanich TPX IMAGES OF THE DAY


O governo russo disse ter utilizado seis mísseis de cruzeiro hipersônicos kinzhal, uma das armas mais valiosas de Moscou. Kiev afirmou que detctou o armamento em seu território.

Acredita-se que a Rússia tenha apenas algumas dezenas de kinzhals, que voam muito mais rápido que a velocidade do som e são construídos para transportar ogivas nucleares com alcance de mais de 2.000 quilômtros. Em seus discursos, o presidente russo, Vladimir Putin, costuma afirmar que os países do Ocidente não têm armamentos que possam conter o kinzhal.



Os mísseis atingiram desde cidades no leste, na fronteira com a Rússia, até do oeste, perto da divisa com a Polônia.


Como Moscou vem fazendo nos últimos meses, os alvos dos mísseis foram instalações de infraestrutura, especialmente usinas de energia e estações de distribuição de água. A tática é deixar cidades importantes sem energia para desestabilizar a economia ucraniana.


Mas, segundo autoridades locais, oito pessoas morreram por conta dos bombardeios - quatro em Kharkiv, no leste, e três em Lviv, a cidade próxima à fronteira com a Polônia.


Houve explosões também em Kiev, segundo o prefeito da capital, Vitali Klitschko. Quase metade da população ficou sem energia pela amanhã, mas o abastecimento foi regularizado, segundo o governo local.


O governador de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, relatou mais de 15 ataques. Já o governador de Odesa informou ter havido danos graves em instalações de energia e também em edifícios residenciais.


Explosões também foram relatadas ainda nas cidades de Dnieper, Lutsk e Rivne.


Zaporizhzhia


Os ataques também atingiram Zaporizhzhia, onde fica a maior usina nuclear da Europa, atualmente controlada por tropas russas.



A Ucrânia disse que os ataques interromperam o fornecimento de energia da usina, que teve de usar energia a diesel de emergência para evitar um colapso. Posteriormente, a usina voltou a funcionar normalmente.


A central de Zaporizhzhia, que a Rússia controla desde o início da guerra, está perto da linha de frente, e ambos os lados já alertaram sobre um potencial desastre.


O chefe da vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, já pediu por uma zona de proteção ao redor da usina.


Fumaça após um ataque de míssil russo em Kiev. — Foto: Sergei Supinsky / AFP Photo


Um ano de guerra


A guerra da Ucrânia compeltou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.


Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!