quinta-feira, março 09, 2023

Corregedor do TSE quer ouvir Anderson Torres sobre 'minuta do golpe' e lives com Bolsonaro


O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes para tomar o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres.


O objetivo é que Torres preste esclarecimentos sobre a chamada "minuta do golpe" e sobre ter participado de lives em que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez ataques às urnas eletrônicas, em 2021.


A minuta do golpe, considerada inconstitucional por especialistas, foi encontrada pela Polícia Federal durante buscas na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, aliado de Bolsonaro. O documento pregava instaurar estado de defesa na Corte e mudar o resultado das eleições de 2022.


A pedido do PDT, esse fato foi incluído em investigação que corre no TSE contra Bolsonaro. Nessa ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores em julho, quando fez ataques sem provas ao sistema eleitoral. Esse tipo de ação pode levar à inelegibilidade de políticos.


O ministro marcou a oitiva para o dia 16 de março, às 10h. A autorização de Moraes é necessária porque o ex-ministro está em prisão preventiva, determinada pelo ministro.


Além de esclarecimentos sobre o documento, o depoimento servirá para questões sobre a participação de Torres em lives de Bolsonaro em julho e agosto de 2021, em que o ex-presidente usou informações sigilosas de um inquérito da Polícia Federal que investigou supostos ataques ao sistema do TSE. A investigação também foi citada durante a reunião de embaixadores, em julho do ano passado, alvo da apuração sob a relatoria do corregedor.


A ação no TSE está em fase de coleta de provas. Já foram ouvidos depoimentos de ex-ministros, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Carlos França (Itamaraty). Em relação a estes depoimentos, o ministro afirmou, na decisão de hoje, que as autoridades ouvidas afirmaram que “não tiveram envolvimento significativo no evento e desconheciam o que seria tratado”.


Fonte: g1

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