segunda-feira, fevereiro 27, 2023

Coronel diz que PM do DF não fez o 'devido planejamento próprio' para o dia 8 de janeiro


A coronel da polícia militar do Distrito Federal Cíntia de Castro afirmou em depoimento que o órgão não fez o "devido planejamento próprio" para lidar com as manifestações do dia 8 de janeiro. Nessa data, bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República, em Brasília.


O depoimento de Cíntia consta em um relatório parcial sobre investigações do dia 8, entregue pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF).


A coronel atua desde abril de 2022 como subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança do DF.


Ela afirmou à PF que a subsecretaria preparou previamente um protocolo de ações para o dia 8 de janeiro, já que era sabido com antecedência que haveria uma manifestação de bolsonaristas em Brasília.


Segundo a coronel, o protocolo foi passado a diversos órgãos do governo do DF. Ela afirmou que caberia à PM, com base no documento, elaborar um planejamento próprio para lidar com a manifestação, o que não ocorreu, de acordo com Cíntia.


O governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, e o ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres são investigados por omissão no dia da manifestação.


O relatório da PF afirma que Cítntia relatou "que após receber o protocolo de ações integradas, o coronel José Ferreira de Souza [responsável pela operação do dia 8] elaborou a Circular n° 13/2023, encaminhando apenas o protocolo de ações integradas 02/2023 - sem o devido planejamento próprio".



Ela disse ainda "que é raro não ser elaborado planejamento próprio do órgão; que não se recorda outra vez que ocorreu desta forma".


Ainda de acordo com a subsecretária, a PM tinha naquele dia grupos que estavam de sobreaviso, mas não estavam sendo utilizados para conter o vandalismo.


"Que não houve planejamento próprio por parte do Departamento de Operações da PM/DF o qual manteve seu efetivo de sobreaviso e não empenhado no terreno, assim como unidades especializadas (a exemplo do choque montado) não tomaram conhecimento do plano", completou.


Fonte: g1

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