terça-feira, janeiro 10, 2023

Presidente interina do CFM celebrou ato golpista

Presidente interina do Conselho Federal de Medicina, a médica Rosylane Rocha celebrou nas redes sociais os atos golpistas que culminaram na invasão e vandalização do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) de vandalismo que ocorreram em Brasília neste domingo (8).


Rosylane é segunda vice-presidente, mas está à frente do CFM porque seus dois superiores encontram-se fora do Brasil.


Rosylane Rocha, presidente interina do Conselho Federal de Medicina - Reprodução/Instagram/@rosylanerocha


Nas redes sociais, ela publicou uma foto que mostra os extremistas invadindo o Congresso e escreveu "agora vai!". Ela também compartilhou uma imagem de uma pichação que diz "perdeu, mané" na escultura "A Justiça", feita em 1961 pelo artista plástico Alfredo Ceschiatti e que fica em frente ao Supremo.

A frase "perdeu, mané" faz alusão a uma resposta dada pelo ministro do tribunal Luís Roberto Barroso a um bolsonarista após sofrer hostilidades dos militantes durante viagem a Nova York.

Rosylane também publicou uma reprodução de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que diz que policiais abandonaram a barreira que faziam para comprar água de coco enquanto os golpistas invadiam o STF. A presidente interina do CFM escreveu "polícia é para prender bandido e não pessoas de bem" e "alguém tem que ter coragem! Viva a PM do DF".


Procurada pelo Painel, ela não deu resposta até a publicação do texto. Em nota pública, o CFM afirma que repudia as invasões.

O presidente do CFM, José Hiran Gallo, diz à coluna que a nota de repúdio foi sugerida por ele e aprovada por unanimidade, ou seja, com apoio da própria Rosylane. Ele também afirma que a conhece há dez anos e tem certeza de que ela não apoia o vandalismo.

Em nota, o CFM diz que ela informou que, no domingo, "se encontrava com familiares e amigos em local público, em agenda pessoal". Além disso, diz o CFM, ela "reiterou seu repúdio pessoal a atos de violência e de vandalismo de qualquer natureza."

Em outubro, Rosylane protagonizou controvérsia ao defender, como relatora, a restrição da prescrição médica de canabidiol. A norma que foi criada a partir do relatório foi alvo de uma onda de críticas de especialistas, que a consideraram um retrocesso e mal fundamentada. O CFM depois revogou a norma, como revelou o Painel.

O CFM também teve sua atuação bastante criticada durante a pandemia, quando se alinhou ao governo Jair Bolsonaro (PL) e manteve a possibilidade de médicos prescreverem remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina.


Rosylane Rocha, do CFM, celebra atos golpistas em Brasília - Reprodução/Instagram/rosylanerocha


Fonte: Folha

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