terça-feira, janeiro 10, 2023

Interventor no DF fala em 'sabotagem' de Torres: 'Mudou comando e viajou'

Ricardo Cappelli, que assumiu o controle da Segurança Pública do Distrito Federal após os atos terroristas do domingo (8), acusou o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) de sabotar o esquema de segurança na capital federal.


Anderson Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Anderson Torres assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro; logo depois, tirou férias e foi para os Estados Unidos

Ele foi exonerado pelo agora afastado governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), ainda no curso dos atos do domingo

Torres nega que tenha agido de propósito e rejeita ligação aos movimentos

"Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e viajou", disse Cappelli em entrevista à CNN Brasil hoje.

Cappelli comparou o esquema de segurança da posse de Lula (PT) e o modo como os atos golpistas foram encarados pelas forças policiais — os fatos foram separados em uma semana.

O que mudou em 7 dias? É simples, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, exonerou todo o comando da secretaria e viajou. Se isso não é sabotagem, não sei o que é. Ricardo Cappelli, interventor federal no DF

"Problema não são os oficiais", diz Capelli

O interventor, que também é secretário-executivo do Ministério da Justiça, disse que eventuais "agentes da lei" que tenham agido errado no dia 8 de janeiro serão punidos, mas descartou envolvimento de toda a corporação na falha.

No domingo, agentes da Polícia Militar do DF foram flagrados comprando água de coco e tirando foto com bolsonaristas após a invasão do Congresso Nacional

"O problema não é os oficiais, a corporação... Tive ao meu lado praticamente sem dormir dezenas de oficiais, delegados da Polícia Civil do Distrito Federal que cumpriram suas missões", disse.

"Há farto material para identificar não só a conduta dos manifestantes, mas também a conduta daqueles que como agentes da lei não cumpriram o seu papel", afirmou.


Fonte: Uol

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