segunda-feira, dezembro 26, 2022

Em uma das maiores manobras militares perto de Taiwan, China usa 71 aviões de combate

A China utilizou 71 aviões de combate durante exercícios militares ao redor de Taiwan no fim de semana, informou nesta segunda-feira (26) o Ministério da Defesa taiwanês.


Helicóptero de guerra chinês durante exercícios militares perto de Taiwan, em 9 de agosto de 2022 — Foto: Forças Armadas da China/Via Reuters

Com o arsenal, as manobras foram as terceiras maiores já feitas pela China nas proximidades da ilha, que Pequim reivindica ser parte do seu território. Segundo Taiwan, durante os exercícios da China:


47 voos do Exército chinês ultrapassaram a zona de defesa de identificação aérea - o perímetro ao redor do espaço aéreo de um país - isso não significa, portanto, que o espaço aéreo de Taiwan foi invadido pela China, mas que os aviões chineses se aproximaram dele;

Seis aviões SU-30, um dos modelos mais avançados da China, participaram nos exercícios;

A maioria dos aviões cruzou a "linha média" do Estreito de Taiwan, que separa os dois lados.


Pequim não divulgou o número de aviões que participaram nas manobras de domingo nem sua localização. O Exército da China alegou que efetuou um "exercício de ataque " em resposta a "provocações" e ao "conluio" entre Estados Unidos e Taiwan.


Pequim não aceita a política do presidente norte-americano Joe Biden para Taiwan, em particular depois de ele afirmar que Washington defenderia a ilha em caso de ataque da China.


Em 2022 foram registradas 1.700 incursões na zona de defesa de identificação aérea taiwanesa com aeronaves militares chinesas, contra 969 em 2021 e 146 em 2020.


A perspectiva de uma invasão chinesa deixa muitos países ocidentais e os vizinhos da China em estado de tensão. Xi Jinping, o governante mais autoritário da China em décadas, insiste que a "reunificação" de Taiwan não pode ficar para as gerações futuras.



O governo dos Estados Unidos aumentou o apoio a Taiwan e o Congresso americano aprovou recentemente um pacote de 10 bilhões de dólares (cerca de R$ 51 bilhões) em ajuda militar a Taipé, o que provocou críticas da China.


As tensões atingiram um ponto máximo em agosto, quando a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a ilha, o que levou o Exército chinês a organizar um grande exercício militar ao redor da ilha.


Como parte de suas ações contra Taiwan, a China intensificou também o uso de bombardeiros H-6 com capacidade nuclear nas incursões à ADIZ.



Em uma operação no início do mês, a China enviou 18 aeronaves H-6 ao sudoeste da ADIZ, na maior incursão em apenas um dia registrada até o momento.


Fonte: Frances Presse

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