quinta-feira, maio 26, 2022

Bolsonaro, que apoiou Trump, diz que 'comportamento' dos EUA em relação ao Brasil mudou com Biden

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (26) que “houve um congelamento” na relação dos Estados Unidos com o Brasil após a posse do presidente norte-americano, Joe Biden, em janeiro de 2021.


Jair Bolsonaro e Joe Biden — Foto: Adriano Machado/Reuters e Carolyn Kaster/AP


Bolsonaro deu a declaração em Brasília, na mesma entrevista em que confirmou a ida a Los Angeles (EUA) no próximo mês para a Cúpula das Américas – encontro de líderes que terá Biden como anfitrião.


Bolsonaro também afirmou que ficou acertada uma reunião com Biden. Será o primeiro encontro bilateral entre os dois presidentes desde a posse do norte-americano.


O chefe de Estado brasileiro disse que estava “propenso” a não ir ao encontro nos EUA, mas mudou de ideia depois de conversar no Palácio do Planalto com o enviado especial para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd.


O presidente disse que, na ocasião, reclamou do tratamento recebido da gestão Biden na comparação com o governo do antecessor Donald Trump.


"Eu falei da mudança do comportamento dos EUA para com o Brasil quando o Biden assumiu. Com o Trump estava indo muito bem, tínhamos muitas coisas combinadas para fazer aqui no Brasil — entre outras coisas, explorarmos nióbio agregando valor para o Brasil. Quando entrou o Biden, simplesmente houve um congelamento', afirmou.


Bolsonaro tem uma relação distante com Biden, já que na eleição de 2020 declarou apoio ao então presidente Donald Trump, derrotado na tentativa de se reeleger. Bolsonaro chegou a afirmar que houve fraude na eleição dos Estados Unidos. Ele e Biden ainda não tiveram uma reunião bilateral.


“Da minha parte, eu não mudei a minha política com ele [Biden]. Encontrei com ele no G-20, passou como se eu não existisse. Isso foi um tratamento para todo mundo por parte do Biden, não sei se é a idade, o que que é, não é? Pelo o que eu vi, foi acertado, terei uma bilateral com ele, eu irei lá fazer valer o que o Brasil representa para o mundo”, acrescentou.



Cúpula das Américas

O objetivo da Cúpula das Américas é reunir os líderes do continente para discutir o fortalecimento da democracia na região.


O governo norte-americano, que organiza a nona edição do encontro, não convidou Nicarágua, Venezuela e Cuba. Como reação, México, Bolívia, Honduras e algumas nações do Caribe anunciaram que não participarão se não forem convidados todos os países do hemisfério.


Fonte: g1

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