quarta-feira, abril 20, 2022

OAB-RN solicita que Polícia Civil designe delegado especial para investigar assassinato de advogado em Mossoró

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte solicitou nesta quarta-feira (20) à Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol) que seja designado um delegado especial para apurar o assassinato do advogado Eliel Ferreira Cavalcante Júnior, de 25 anos, ocorrido em Mossoró no dia 9 de abril.


Eliel Ferreira Cavalcanti, de 25 anos, foi morto a tiros em Mossoró neste domingo — Foto: Arquivo pessoal


Segundo o órgão, o pedido foi baseado "em razão das características do crime e das versões conflitantes que foram divulgadas nos canais de comunicação".


Eliel foi morto a tiros próximo ao apartamento onde o namorado morava na noite do dia 9 de abril. Inicialmente, a Delegacia de Homicídios (DHM) de Mossoró apontou que o advogado teria sido confundido com um assaltante pelo autor dos disparos.



A versão, no entanto, foi contestada pela família de Eliel, que afirmou que o crime foi cometido por homofobia.

A OAB informou que a Comissão de Direitos Humanos acompanha o caso desde o acontecimento.


“Crimes como o praticado contra o Eliel exigem uma resposta firme da sociedade brasileira, de forma que a OAB/RN vem atuando de forma a garantir uma boa apuração dos fatos, em garantia a correta aplicação da justiça”, disse o presidente Aldo Medeiros.

O crime

O crime aconteceu por volta das 21h40, no bairro Boa Vista, em Mossoró. O bacharel em Direito estava conversando na calçada da Rua Francisco Bernardo, quando foi alvo dos disparos. Segundo a investigação inicial da Delegacia de Homicídios, ele teria sido confundido com um assaltante.


A versão, no entanto, foi contestada pela família do jovem de 25 anos. Isso porque a pessoa com quem Eliel conversava prestou depoimento à Polícia Civil e se identificou como namorado do advogado. Ele também foi alvo dos disparos do criminoso e foi socorrido com vida ao hospital.


No depoimento, o namorado de Eliel contou à polícia que ambos foram vítimas de homofobia. De acordo com o advogado da família, Edson Leão, o principal suspeito do crime seria um homem que mora em frente ao condomínio e sempre observava os dois namorados.


Após ser atingido, Eliel ainda teria conseguido correr até uma agência dos Correios perto do local, mas foi perseguido, segurado por outra pessoa e sofreu pelo menos mais sete disparos de arma de fogo.


Fonte: g1

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