quinta-feira, março 31, 2022

Polícia Federal prende um dos sequestradores de helicóptero no RJ

Um dos dois homens que sequestraram um helicóptero no Rio de Janeiro, em setembro de 2021, foi preso nesta quinta-feira (31) pela Polícia Federal (PF).


Khawan Eduardo Costa Silva estava escondido desde então no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo e foi preso ao deixar a comunidade para ver a família, no Fonseca, em Niterói.


Pará (alto) e Khawan, suspeitos do sequestro ao helicóptero — Foto: Reprodução


O g1 apurou que Khawan foi interceptado num mototáxi. Ele não estava armado nem levava celular.


A prisão foi realizada dentro da Missão Redentor e pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/PF). O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara especializada do TJ/RJ.


Agentes da DRE/PF vinham monitorando Khawan nos últimos meses e sabiam que ele planejava ver parentes.


Relembre o sequestro


No dia 19 de setembro, o piloto Adonis Lopes, que serve à Polícia Civil do RJ, foi rendido em pleno voo por dois homens armados. Era o início de um plano de resgate de presos custodiados no Presídio Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.



Segundo a polícia, Marco Antônio da Silva, o Pará, gerente das bocas de fumo do Sabão, em Niterói, e Khawan Eduardo Costa Silva, preso nesta quinta, contrataram um voo para Angra dos Reis, no Sul Fluminense, e anteciparam a volta em um dia. A dupla tinha exigido um helicóptero esquilo, que coubessem pelo menos cinco passageiros.


Pará e Khawan anunciaram o sequestro tão logo decolaram do Frade, um bairro de Angra. O voo transcorreu sem incidentes até que Adonis decidiu pousar no 14º BPM (Bangu), que fica ao lado dos presídios.


Nesse momento, começa uma luta a bordo, e a aeronave faz movimentos bruscos. Na briga, Adonis ainda tentou alertar os sequestradores do risco: “A gente vai cair, larga, solta, a gente vai morrer!”, recordou. “Não sei explicar, eles ficaram muito atônitos”, emendou.


A dupla desiste do plano, com medo de morrer em um acidente, e manda Adonis voar até Niterói. Pará e Khawan saltaram nas imediações do Morro do Caramujo.


Apesar da luta corporal, Adonis saiu ileso. Ele contou que, depois que a dupla desceu, decolou ainda com a porta da aeronave aberta, com medo de disparos em represália.


“Imaginei que aquele pudesse ser meu último voo”, declarou. “Mas não ia conviver com o estigma de resgatar bandido.”


Quem os bandidos queriam resgatar?

A polícia e a Seap suspeitam de sete detentos. Nas investigações, identificaram “movimentações atípicas” no pátio do Vicente Piragibe naquele 19 de setembro e determinaram a transferência para a segurança máxima de:



Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça do Sabão, apontado como mentor do plano;

Márcio Gomes de Medeiros Roque, o Marcinho do Turano, que seria o alvo do resgate;

Márcio Aurélio Martinez Martelo, o Bolado;

José Benemário de Araújo, o Benemário;

Eliseu Felício de Souza, o Zeu;

Max de Oliveira Nascimento, o Cachorrão;

Bruno Lima Cabral da Silva, o Bruninho.

Nas imagens analisadas pela Inteligência da Seap, Marcinho do Turano foi um dos últimos a deixar a quadra, depois que a cadeia fechou, por volta das 17h20.


O plano seria fazer o resgate pouco antes da entrada dos detentos de volta para as galerias. Marcinho aparece nas imagens com outros três presos, já calçando um par de tênis, lavando a quadra.


Fonte: g1

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