terça-feira, fevereiro 01, 2022

Dois jornalistas afegãos desaparecem após serem detidos por talibãs

Dois jornalistas afegãos que trabalhavam para uma emissora de televisão local desapareceram após serem detidos por talibãs nesta segunda-feira (31).


Dois jornalistas afegãos desaparecem após serem detidos por talibãs — Foto: ALI KHARA/REUTERS


Waris Hasrat e Aslam Hijab, dois repórteres da Ariana TV, foram detidos pelo grupo e "levados para um local secreto", anunciou a Associação de Imprensa Afegã, criada recentemente.


Um porta-voz dos talibãs disse à AFP não ter informações sobre esses desaparecimentos.

Sem fazer referência aos talibãs, um responsável da Ariana, que pediu anonimato, disse à AFP que os dois jornalistas foram capturados por homens armados e com o rosto coberto em frente ao prédio da emissora, quando saíam para almoçar.



O grupo nacionalista prometeu à associação que uma "investigação completa" será feita, acrescentou a mesma fonte.


A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA na sigla em inglês) expressou preocupação e pediu uma explicação pública sobre o motivo da detenção dos jornalistas.


A Anistia Internacional também condenou a prisão como injustificável.


"Os talibãs têm de libertá-los imediata e incondicionalmente", tuitou a ONG.

Desde que chegaram ao poder em agosto passado, o grupo nacionalista religioso reprimiu vozes dissidentes, prendendo seus opositores e dispersando as manifestações contra seu regime. Vários jornalistas afegãos foram agredidos enquanto cobriam esses protestos, proibidos pelas autoridades.


Em janeiro, duas ativistas feministas foram sequestradas de suas casas em Cabul, depois de terem participado de uma marcha, relataram suas companheiras. Os talibãs negam qualquer envolvimento.


Um respeitado professor universitário afegão crítico do atual governo ficou preso por vários dias em janeiro, até ser solto graças à pressão da imprensa.


Fonte: France Presse

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