terça-feira, outubro 19, 2021

Em meio a recordes diários de mortes por Covid, Rússia planeja megaferiado de 9 dias

Em meio a recordes diários de mortes por Covid-19, o governo da Rússia planeja fechar os locais de trabalho por uma semana para tentar frear a escalada do novo coronavírus.


Profissionais de saúde transportam paciente para fora de hospital para infectados com Covid-19 em Moscou, na Rússia, em 13 de outubro de 2021 — Foto: Tatyana Makeyeva/Reuters


Foram confirmadas 1.015 mortes nesta terça-feira (19), um novo recorde diário, o que elevou o total de vítimas da pandemia para mais de 225 mil — de longe o maior da Europa.


O país está com a vacinação estagnada, com apenas 31% da população totalmente imunizada, e mesmo com a alta de infectados e óbitos o governo russo evita adotar medidas de restrição.


Agora, a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova quer que os dias entre 30 de outubro a 7 de novembro sejam considerados não-úteis, para combater o aumento de infecções.


A vice-primeira-ministra da Rússia, Tatiana Golikova, em imagem de arquivo — Foto: Divulgação/Kremlin


O governo russo já adotou medidas semelhantes em outras ocasiões, mas tem descartado um novo bloqueio nacional porque o que foi feito no início da pandemia afetou fortemente a economia e também a popularidade do presidente Vladimir Putin.


O Klemlin também repetiu o apelo à população para que se imunize. "Uma posição mais responsável é necessária de todos os cidadãos", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Agora cada um de nós deve mostrar responsabilidade e ser vacinado".


Falta de leitos em hospitais

Em meio à alta de mortes, o Ministério da Saúde da Rússia pediu na semana passada a médicos aposentados vacinados que voltassem aos hospitais para ajudar a combater a nova onda do vírus.


Médico usando roupa de proteção especial se prepara para cuidar de paciente com Covid-19 em hospital em Moscou, na Rússia, em 13 de julho de 2021 — Foto: AP Photo/Denis Kaminev


Andrei Klychkov, governador da região de Orlovsky (a 325 km ao sul de Moscou), disse à agência de notícias RIA que a região está sem leitos.


Com a escalada de mortes, foram suspensos até testes de foguete para preservar oxigênio para pacientes com Covid-19.


Suptnik V

A Rússia se gabou de ter sido o primeiro país do mundo a autorizar uma vacina contra a Covid-19, em agosto de 2020, embora ela tivesse sido testada apenas em algumas dezenas de pessoas na época.


O imunizante recebeu orgulhosamente o nome de Sputnik V, em referência ao primeiro satélite do mundo, para enfatizar as realizações científicas do país.


Vacinação estagnada

Mas o governo não tem conseguido convencer a população a tomar o imunizante (e outras três vacinas que já foram desenvolvidas no país).


Autoridades abriram centros de vacinação em shopping centers e outros locais e tentaram estimular os russos com loterias, bônus e até sorvetes (veja no vídeo abaixo), mas todos os esforços falharam.


E, mesmo com a vacinação estagnada, Putin continua a defender a importância de uma ampla vacinação, mas enfatiza sempre que ela deve permanecer voluntária.


Fonte: G1

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