segunda-feira, junho 07, 2021

Governo Bolsonaro recebe com 'alívio' decisão da seleção de participar da Copa América



A decisão da seleção brasileira de futebol de participar da Copa América foi recebida com "alívio" pelo governo Bolsonaro.


Segundo assessores presidenciais, a avaliação é que não fazia sentido um boicote dos jogadores brasileiros ao evento e que as brigas internas deles com a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deveriam ser resolvidas entre eles.


O Brasil sediará a Copa América após as desistências dos países organizadores (Argentina e Colômbia).


O anúncio foi feito na terça-feira (1º), desde então, jogadores da seleção brasileira discutiam um possível boicote. Nesta segunda (7) eles confirmaram a participação no evento, que começa neste domingo (13).


Um auxiliar de Bolsonaro disse ao blog que a informação de que a seleção vai participar da Copa América "trouxe alívio" ao Palácio do Planalto e afirmou que prevaleceu o "bom senso".


No entanto, o governo sabe que ainda pode sofrer mais desgastes a depender do tom do comunicado que será feito pela comissão técnica e jogadores nesta terça-feira (8), após o jogo do Brasil contra o Paraguai.


O técnico Tite e o elenco da seleção não gostaram de não terem sido consultados sobre a oportunidade de realizar a Copa América no Brasil em plena pandemia.


O presidente da CBF, Rogério Caboclo, afastado por 30 dias da função por acusação de assédio moral e sexual, simplesmente acertou com o governo brasileiro a realização do evento no Brasil, sem consultar os membros da comissão técnica e jogadores.


Depois de ensaiarem um boicote e tentarem articular com outras seleções, o time brasileiro aceitou participar.


Segundo apuração do Globo Esporte, o afastamento de Rogério Caboclo pôs fim também às articulações para troca do comando da seleção brasileira. Tite poderia ser trocado por Renato Gaúcho, numa negociação que estaria sendo feita por Caboclo com o governo brasileiro.


A equipe de Bolsonaro não gostou das manifestações do técnico Tite, que sinalizavam contrariedade com a realização da Copa América no Brasil, dizendo inclusive que a posição oficial seria divulgada na terça (8) após o jogo com o Paraguai.


Aliados do presidente, inclusive um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), passaram a atacar o técnico da seleção brasileira nas redes sociais.


Agora, com o afastamento de Rogério Caboclo, a avaliação até mesmo do governo brasileiro, que tinha no presidente da CBF um aliado, é que o clima fica menos tenso e a Copa América será realizada no Brasil a partir do próximo domingo (13).


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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