terça-feira, abril 20, 2021

Presidente do México recebe vacina contra Covid em público para convencer céticos

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, recebeu nesta terça-feira (20) a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19, em um ato público que busca convencer os adultos mais velhos do país que não querem se imunizar.


O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, recebe vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 nesta terça (20) durante sua entrevista coletiva de imprensa matinal — Foto: Fernando Llano/AP


"Não dói e também ajuda muito, protege a todos nós", afirmou o presidente de 67 anos após receber uma dose do imunizante de Oxford/AstraZeneca em sua habitual coletiva de imprensa matinal.


"Faço novamente um apelo aos idosos para que todos nos vacinemos, não há nenhum risco", acrescentou López Obrador, que é conhecido pela sigla do seu nome: AMLO.


Ele tem mudado de postura em relação à pandemia. No fim de março, após o México se tornar o 3º do mundo a superar as 200 mil mortes por Covid-19, AMLO pediu às pessoas que ficassem em casa.



"Precisamos ficar em nossas casas, precisamos manter uma distância saudável", disse López Obrador em um vídeo de 14 minutos, alertando que o sistema de saúde pode não ser capaz de lidar com um surto intenso de casos.


"Se não ficarmos dentro de casa, o número de infecções pode disparar, e isso saturaria nossos hospitais", disse o presidente mexicano no vídeo. "Seria avassalador".


Atualmente, o México é o 3º país com mais mortes por Covid-19 do mundo (212 mil), atrás de Estados Unidos (567 mil) e Brasil (374 mil), e o quatro em número de casos confirmados.


O país de 126 milhões de habitantes começou a sua campanha de vacinação em 24 de dezembro e aplicou cerca de 14 milhões de doses até o momento (o equivalente a 11 doses aplicadas a cada 100 habitantes).


Pior das Américas

Antes da mudança de postura, AMLO passou meses minimizando a pandemia e evitando decretar quarentenas mais rigorosas.


Ele dizia sempre que o país estava prestes a vencer a batalha contra o novo coronavírus e recusava-se a usar máscaras em público e a endossá-las.


López Obrador contraiu o novo coronavírus em janeiro e, em fevereiro, o México atingiu a maior taxa de mortes do continente.


Desde a semana passada, o Brasil assumiu o posto de país com mais mortes por milhão de habitantes das Américas.


Fonte: France Presse

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