segunda-feira, março 15, 2021

'Não dá para trocar seis por meia dúzia', avaliam aliados de Bolsonaro sobre saída de Pazuello



No momento em que o presidente Jair Bolsonaro, pressionado politicamente a fazer mudanças no Ministério da Saúde, decidiu tirar da pasta Eduardo Pazuello, aliados avaliam que ele não pode simplesmente fazer uma troca "de seis por meia dúzia" e defendem um nome que faça ajustes na estratégia do governo federal de combate ao coronavírus.


Por isso o nome da cardiologista Ludhmila Hajjar foi bem recebido por líderes partidários da base de apoio do Palácio do Planalto e foi defendido publicamente pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. A médica tem posições a favor do isolamento social, critica o uso da cloroquina e defende uma vacinação em massa.


As posições da cardiologista, por sinal, a tornaram alvo de ataques nas redes sociais por grupos bolsonaristas. Com isso, de nome considerado forte para substituir Pazuello, pelas qualificações técnicas e pelo apoio político, a médica perdeu força para assumir o Ministério da Saúde. Nesta segunda-feira (15), ela deve se encontrar novamente com o presidente Bolsonaro.


Aliados do governo fizeram chegar ao presidente Bolsonaro que sem uma mudança no Ministério da Saúde ficará inviável seguir apoiando a política federal no combate ao coronavírus, que já sofre críticas de grupos que apoiam o Palácio do Planalto. E a instalação da CPI da Covid no Senado ficará inevitável.


Bolsonaro resistia a trocar Pazuello porque gosta dele e sabe que o ministro segue suas ordens, ao contrário dos seus antecessores. Isso, por sinal, é um dilema para o presidente. Se colocar um nome no Ministério da Saúde que não siga as suas orientações, Bolsonaro será alvo de seus seguidores fiéis.


Fonte: G1

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