segunda-feira, março 15, 2021

Secretário de Saúde do RN afirma que governo discute novo decreto com medidas mais restritivas: 'Pior situação da pandemia no estado'



O Rio Grande do Norte passa pela “pior situação da pandemia no estado”, segundo afirmou o secretário de Saúde, Cipriano Maia, na manhã desta segunda-feira (15). O secretário confirmou que o estado discute a elaboração de um novo decreto, que poderá ter regras mais duras para conter o avanço da pandemia da Covid-19.


Em entrevista ao Bom Dia RN ele afirmou que, na próxima quarta-feira (17), o último decreto publicado pelo Governo do Estado perde a validade e um novo deve ser editado. Segundo o secretário, atendando a uma recomendação do comitê científico, o novo documento deve ter novas medidas.


“A última recomendação foi que pudéssemos restringir realmente as atividades comerciais aos serviços essenciais. E o governo vai estar discutindo e dialogando hoje e amanhã para que na quarta-feira, com a edição do novo decreto, possamos anunciar novas medidas. E elas vão no sentido exatamente de afetar aqueles setores que provocam ainda encontros e aglomerações. Transporte público, espaços fechados que aglomeram pessoas e todas essas possibilidades, elas estão sendo discutidas”, afirmou Cipriano.


De acordo com o Regula RN, na manhã desta segunda-feira (15), o Rio Grande do Norte tem 715 pacientes internados em leitos Covid, sendo 347 em leitos de UTI e 94 pessoas na fila de espera por um leito crítico. O secretário demonstrou preocupação com a situação da pandemia no Estado.



“Nós tivemos também o aumento da mortalidade nos últimos dias o que revela a pior situação da pandemia no estado em termos de agravamento nessa segunda onda”, destacou. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), neste domingo (14), o Rio Grande do Norte tem até agora 3.919 mortes confirmadas pela Covid-19.


Ainda de acordo com Cipriano, a Sesap deve abrir novos leitos de UTI até o final desta semana. Eles devem ser instalados no Hospital Giselda Trigueiro, no Hospital da Polícia, no Hospital João Machado e ainda no Hospital de Campanha em São Gonçalo do Amarante, onde devem ser abertos 10 leitos de UTI e outros 10 de enfermaria.


O secretário falou sobre a demora para abertura dos leitos que, segundo ele, se deve à falta de equipamentos essenciais para o funcionamento das UTIs, como é o caso da bomba de infusão, utilizada para dosar a quantidade de medicamento ou de outros tipos de líquido, como soro, em pacientes que estão internados.


“Grande parte da dificuldade de fazer essa expansão mais célere no momento, são bombas de infusão. Não tem disponibilidade no mercado” afirmou. Cipriano Maia também citou a dificuldade em adquirir insumos, como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e alguns tipos de medicamentos. Ele informou que neste fim de semana o Estado recebeu um carregamento desses itens.


“Mas e sempre chamo atenção: a corrida por leitos não é uma boa corrida. A corrida que temos que fazer é a corrida para restringir o contato social e evitar essa corrida por leitos, porque o leito não significa salvar vidas. Significar que vai ter assistência oportuna, mas o número de óbitos em pacientes que precisam de intubação é muito alto e a população precisa saber disso para depois não chorar a imprudência que se cometeu por não ter cumprido medidas de isolamento, distanciamento e de proteção”, finalizou.


Fonte: G1

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